Inter encara o Fluminense por vaga na final da Libertadores

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Aflito e esperançoso, todo e qualquer colorado, em Porto Alegre ou espalhado pelo mundo, conta os minutos e aguarda a bolar rolar logo mais no Beira-Rio. Para o bem ou para o mal, será uma noite inesquecível e fundamental para o Inter e a sua torcida. Uma vitória sobre o Fluminense, dá ao time de Eduardo Coudet a oportunidade de disputar a final da Libertadores em uma temporada que já parecia perdida. E o título, para a maltratada nação vermelha do Rio Grande do Sul, surge com a chance de uma novo começo para o clube, que não conquista uma taça relevante desde 2011. Uma derrota, por outro lado, devolve o Inter à sua própria realidade dos últimos anos, quando se reduziu e transformou-se em fonte de decepções aos seus torcedores. É exatamente aí, no fio da navalha entre a glória e o flagelo, que reside toda a dramaticidade da partida. 

Na semana passada, diante de um Maracanã lotado, o Inter de Eduardo Coudet arrancou um empate por 2 a 2 com o Fluminense. Trata-se de um bom resultado, já que dá aos colorados a possibilidade de seguir adiante na Libertadores em caso de uma vitória simples no Beira-Rio. Porém, as circunstâncias da partida (a expulsão do lateral Samuel Xavier, ainda no primeiro tempo, e a boa atuação do time colorado) deram ao resultado um sabor “agridoce”, como definiu o lateral Hugo Mallo em uma entrevista ainda no Maracanã. Uma nova igualdade leva a decisão para a cobrança de pênaltis, tensão que todos querem evitar. Do outro lado, o Fluminense se classifica também em caso de vitória.

E não será um duelo fácil. O Fluminense, além de ser pródigo em talentos individuais, tem um esquema consolidado em dois anos de trabalho com Fernando Diniz, que se divide entre a Fluminense e a Seleção Brasileira, no comando. É um time autoral, com a cara do técnico. O Flu valoriza a posse de bola e a movimenta até chegar no setor ofensivo. E tem Germán Cano, centroavante argentino que sabe, e como, marcar gols. No Maracanã, ele fez dois, sendo que o segundo aproveitando uma bola que parecia perdida ou pelo menos, administrada pela defesa colorada. Cano marca com apenas um toque na bola. É letal dentro da grande área. 

Mas também tem um outro lado. Por vezes, o Fluminense abusa em sua troca de passes perto da área e acaba castigado. Na semana passada, isso por pouco não aconteceu, principalmente após uma falha do volante transformado em zagueiro Felipe Melo ainda no primeiro tempo. Na hora fatal, Valencia preferiu o passe ao invés de tentar o chute e o gol acabou não saindo.

Coudet, por sua vez, chegou há menos de três meses no Inter. Retornou quando as coisas iam pelo caminho da descrença. Mas o argentino reenergizou o time e, já contando com reforços do peso do próprio Valencia, mas também de Sergio Rochet e Charles Aránguiz, trio que conferiu, além de qualidade, a experiência de quem já esteve em uma Copa do Mundo, o time reagiu. 

O Inter recuperou a autoestima e passou por adversários poderosos como o River Plate nas oitavas de final, e a altitude de La Paz (além do Bolívar). O Beira-Rio virou um aliado, um martírio para os adversários. “Sem dúvida, (a torcida) é um jogador a mais, né, cara? A torcida é o fator casa, ainda mais aqui dentro. É muito bom para a gente, a gente se sente muito motivado. E também temos a responsabilidade de dar o máximo dentro de campo”, afirmou Vitão. 

Hoje, além do apoio dentro do estádio, a torcida promete fazer uma festa histórica fora. Os colorados arrecadaram cerca de R$ 60 mil, que foram utilizados para a aquisição de sinalizadores e fogos de artifício para promover aquela que promete ser a maior edição das Ruas de Fogo de todos os tempos. A ideia é fazer a festa ao longo da avenida Padre Cacique enquanto o ônibus levar a delegação ao Beira-Rio. Por tudo isso e muito mais, a noite promete fortes emoções.

Libertadores da América – semifinal

Inter

Rochet; Hugo Mallo; Vitão; Mercado; Renê; Johnny; Aránguiz; Wanderson; Maurício; Alan Patrick; Enner Valencia. Técnico: Eduardo Coudet. 

Fluminense 

Fábio; Guga; Nino; Felipe Melo; Marcelo; André; Alexsander; John Arias; John Kennedy (P.H. Ganso); Keno; Germán Cano. Técnico: Fernando Diniz

Árbitro:  Jesús Valenzuela (VEN).
Assistentes: Jorge Urrego (VEN) e Tulio Moreno VEN).
VAR: Juan Soto (VEN).
Data e hora: 04 de outubro, 21h30.
Local: Beira-Rio, Porto Alegre (RS).

Fonte: CP

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