“Federalização não está descartada e será analisada tecnicamente”, diz o ministro da Justiça sobre assassinato de médicos no Rio

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A defesa de um pedido de federalização da investigação sobre o assassinato de três médicos no Rio de Janeiro não está descartada, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino. Dentre as vítimas, está o irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

O ministro esclareceu que o pedido para que as investigações sejam comandadas pelo governo federal ainda não está em avaliação, mas será analisado “tecnicamente.”

Ao saber do crime, Dino telefonou pessoalmente para o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues. Determinou que a corporação entrasse no caso. No momento, a PF vai dar apoio às investigações que estão sendo conduzidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

A ideia da federalização começou a ser cogitada por parlamentares diante da hipótese de que haja motivação política para os assassinatos. A ligação de uma das vítimas com a parlamentar do PSOL não permite que este cenário seja descartado. Há indícios de que se tratou de uma execução, de acordo com policiais que acompanham o caso.

Para que haja a federalização, é preciso de autorização da Justiça. O andamento de um pedido como este, porém, seria acompanhado detidamente pelo governo, já que seria a Polícia Federal a assumir o caso.

A Procuradoria-geral da República teria de ingressar com um pedido de federalização das investigações no Superior Tribunal de Justiça, que avaliaria condicionantes como o eventual desinteresse das forças policiais no caso, risco de impunidade e violação dos direitos humanos.

Entenda o caso

O grupo de médicos estava no Rio de Janeiro para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, evento internacional com apoio da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, entidade que faziam parte. A informação foi confirmada pela própria associação.

A PM-RJ (Polícia Militar do Rio de Janeiro) informou que policiais do 31° BPM (Recreio dos Bandeirantes) foram chamados para atender a uma ocorrência de homicídio na Avenida Lúcio Costa, na praia do bairro. Chegando lá, encontraram as quatro vítimas baleadas.

Foram disparados pelo menos 20 tiros. “Informações preliminares apontam que todos estavam em um quiosque da região quando foram vítimas de disparos de arma de fogo efetuados do interior de um automóvel”, disse a corporação.

A motivação e a autoria do crime estão sendo apuradas pela Polícia Civil. A DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) investiga o caso, já realizou uma perícia no local, está ouvindo testemunhas e analisa ainda imagens de câmeras de segurança.

Fonte: O Sul

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