Inter sofre virada para o Fluminense no Beira-Rio e está fora da Libertadores
O Inter deixou escapar, em casa nesta quarta-feira, o sonho do tricampeonato da Libertadores. Com o estádio lotado e o apoio da torcida, o Colorado fez um grande primeiro tempo, dominou a partida e não deixou o Fluminese jogar. Na segunda etapa, Diniz botou o time para o ataque, o Inter teve dificuldades em segurar os avanços da equipe carioca e cedeu a virada. A noite, que era de festa, se transformou em tragédia e frustração para os colorados que lotaram o Beira-Rio com mais de 50 mil pessoas. Agora, resta buscar a reabilitação para não se complicar no Brasileirão. De cara, o desafio será o Gre-Nal no domingo.
Mercado abriu o placar de cabeça. Após sofrer o empate, o time do Inter parou. Catatônico, assistiu a uma virada. Os gols do Flu foram de John Kennedy e Cano em apenas seis minutos. No segundo tempo, Valencia teve ao menos duas chances de marcar, em um cabeceio que passou muito perto e em uma bola cara a cara com o goleiro Fábio, os erros acabaram punidos com a virada.
Jogo começa com soberania colorada
O Inter começou em cima e foi superior ao longo de toda a primeira etapa. Logo aos dois minutos, Aránguiz roubou uma bola na frente e tocou para Alan Patrick, que abriu na direita para Mallo. O cruzamento passou pela pequena área, mas ninguém chegou.
Aos oito, Wanderson finalizou firme, à queima roupa, mas o goleiro Fábio tirou, com as mãos e o peito, para escanteio. Alan Patrick foi para a bola, jogou no segundo pau e lá estava Mercado, esperando ela chegar, para subir mais alto que a defesa do Fluminense e dar uma testada certeira para anotar o 1 a 0. Depois do gol, o Fluminense buscou mais posse de bola, mas tinha dificuldade de furar a marcação alta e não passava do meio de campo.
O momento ofensivo seguiu colorado, quando aos 21 Alan Patrick avançou pelo meio, teve a opção do passe para Wanderson, mas optou pelo chute, que passou perto. Aos 35 minutos, sob pressão da marcação colorada, o goleiro Fábio se atrapalhou, quase perdeu para Valencia na cara do gol e soltou um balão que acertou seu companheiro de defesa. O estádio pediu pênalti, mas a arbitragem entendeu que o lance foi normal.
A primeira e única ameaça que o Fluminense conseguiu produzir foi aos 41 minutos, em uma jogada que não valia nada, porque a arbitragem apontava o impedimento. Aránguiz fez um primeiro tempo de altíssimo nível, funcionando como um motor no meio de campo do Inter. Mercado marcou o gol e foi impecavelmente seguro na defesa.
Virada e o fim do sonho
No segundo tempo, Diniz foi para o tudo ou nada. O time tricolor voltou para a segunda etapa sem Felipe Melo e Alexsander e com Martinelli e John Kennedy. Buscava o empate a todo custo. Aos sete minutos, um chute de fora da área levou perigo. O Fluminense procurava espaços pelo lado esquerdo de ataque.
Aos 13 minutos, o Inter chegou bem. Após escanteio e troca de passes, Aránguiz lançou Vitão no segundo pau, mas o zagueiro subiu primeiro e desviou. Aos 16, foi o Fluminese quem criou chance. Cano recebeu pela direita e cruzou para o meio da área, Vitão cortou.
Valencia teve três chances de marcar. Na primeira, ele partiu em velocidade, demorou para finalizar e foi travado pela zaga. Na segunda, a cabeçada passou ao lado do gol. Foi a melhor oportunidade da partida. Na terceira, recebeu do jeito que gosta, na corrida, avançou até a área, mas finalizou para fora.
Eram 35 minutos, quando o sonho colorado virou pesadelo. O Fluminense se jogava com unhas e dentes para o ataque. Em uma dessas estocadas, John Kennedy recebeu na esquerda de Kano. Ele tocou por cima de Rochet com categoria. A bola foi entrando devagar, cruel. Renê chegou para cortar em cima da linha, mas a bola entrou.
O time se deixou abater pelo gol e parou. Com a bola, não conseguia trocar passes. Sem ela, não acertava a marcação. E o Fluminese se aproveitou dos espaços. Em um contra-ataque, Cano recebeu no meio e fuzilou Rochet, colocando o clube carioca em vantagem e silenciando momentaneamente o Beira-Rio.
Nos acréscimos, Valencia quase empatou em uma cabeçada. Mas já era tarde demais e o Inter não tinha tempo, nem condições físicas e psicológicas de reverter o resultado. O sonho do Tri da América ficou para a próxima. Agora é encarar a realidade no Brasileirão.
FONTE:CP