Em discurso na Conferência do Clima das Nações Unidas, Lula cita seca na Amazônia e ciclones no Sul do Brasil

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Em discurso na abertura da COP28 (Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (1º) que a Amazônia amarga uma das “mais trágicas secas da sua história”. Ele também citou que, no Sul do Brasil, tempestades e ciclones deixam um rastro inédito “de destruição e morte”.

“A ciência e a realidade nos mostram que, desta vez, a conta chegou antes”, afirmou o petista. Entre julho e setembro, o Rio Grande do Sul registrou nove ocorrências de ciclones extratropicais.

“O planeta já não espera para cobrar a próxima geração. O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, de discursos vazios. Precisamos de atitudes e práticas concretas. Quantos líderes mundiais estão, de fato, comprometidos em salvar o planeta?”, disse Lula.

O presidente destacou ainda que este ano é o mais quente “dos últimos 125 mil anos”. As altas temperaturas são resultado das contínuas emissões de gases causadores do efeito de estufa, combinadas com o El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.

A Conferência do Clima da ONU é um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática.

Guerra

Lula lembrou que o mundo gasta em armas quantias que poderiam ser investidas no combate à fome e no enfrentamento às mudanças do clima. O presidente afirmou que “o mundo naturalizou disparidades inaceitáveis de renda, de gênero e de raça e que não é possível enfrentar as mudanças do clima sem combater a desigualdade”.

Lula ainda criticou a ONU: “É inexplicável que a ONU, apesar de seu esforço, se mostre incapaz de manter a paz, simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerra”.

“Governantes não podem ser eximidos de suas responsabilidades. Nenhum país resolverá seus problemas sozinho. Estamos todos obrigados a atuar juntos, além de nossas fronteiras. O Brasil está disposto a liderar pelo exemplo. Ajustamos nossas metas, que são hoje mais ambiciosas do que as de muitos países desenvolvidos”, disse o petista.

FONTE/; O SUL

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