Rio Grande do Sul apresenta maior taxa de mortes por Aids entre os Estados do Brasil; Porto Alegre é a capital com a maior mortalidade

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Porto Alegre, RS, 01/12/2022 Moradores de Porto Alegre puderam fazer testes de HIV, sífilis e hepatites B e C nesta quinta-feira, 1º, na Praça da Alfândega, Centro Histórico da Capital. Promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a ação foi motivada pelo Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Das 9h às 16h, o ônibus do projeto Fique Sabendo esteve estacionado próximo ao Memorial do Rio Grande do Sul. Foto: Cristine Rochol/PMPA

Nessa sexta-feira (1º), foi celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Na mesma data, teve início o chamado Dezembro Vermelho, com o intuito de alertar e conscientizar sobre formas de contágio e tratamento da doença e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O mês também marca a luta contra o preconceito em torno da condição.

Em virtude desta data, o Ministério da Saúde divulgou, na última quinta (30), o Boletim Epidemiológico – HIV e Aids 2022. Conforme o levantamento, o Rio Grande do Sul apresentou, pelo terceiro ano consecutivo, a maior taxa de mortalidade entre os estados brasileiros. Enquanto Porto Alegre é a capital com a maior taxa.

No último ano, o Estado teve 7,3 mortes pela doença a cada 100 mil habitantes. Em 2022, 1.130 pessoas faleceram em decorrência da doença no Rio Grande do Sul. Já Porto Alegre apresentou quase 24 óbitos a cada 100 mil pessoas, quantia que representa seis vezes a média nacional, de 4,1, apresentando um aumento de 5% em relação ao ano anterior (em 2021, foram 22,6 óbitos por 100 mil habitantes).

A capital gaúcha e a Região Metropolitana possuem 1,6% de sua população total portadora do vírus. Porto Alegre foi ainda a 5ª capital brasileira com maior taxa de detecção de Aids, com 47,9 casos por 100 mil habitantes e a capital brasileira com a maior taxa de detecção de gestante HIV, com 17 casos de gestante HIV por mil nascidos vivos.

A Aids sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana – da sigla em inglês). A Aids se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas, que são doenças que normalmente o corpo humano controla, mas que na presença do HIV elas se manifestam com maior frequência. Entre elas estão tuberculose, toxoplasmose ou alguns tipos de câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do vírus HIV no organismo.

Balanço nacional

Quase 11 mil brasileiros morreram no ano passado tendo o HIV ou a aids como causa básica. Do total das 10.994 mortes registradas, os negros representam quase o dobro de brancos: Foram 61,7% mortes entre pessoas negras, sendo 47% pardos e 14,7% pretas; Os brancos representaram 35,6% do total.

Foram registrados 43.403 de casos com HIV no ano passado, de acordo com o novo boletim epidemiológico divulgado pela pasta. A estimativa é que um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil.

Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2007 e junho de 2023, foram notificados 489.594 casos de infecção pelo HIV no Brasil. A maior incidência é entre homens e na faixa etária entre 25 e 39 anos.

A estatística é liderada pela região Sudeste, 203 mil; seguida do Nordeste, com 104 mil casos; Sul com 93 mil; Norte com 49 mil; e 38 mil no Centro-oeste.

Fonte: O Sul

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