Banco Central adia revisão do setor externo para fevereiro e fará outra após nova lei cambial

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Edifício-Sede do Banco Central em Brasília

O BC (Banco Central) informou nesta quarta-feira (03) que fará revisões na próxima edição da nota do setor externo, referente a dezembro e que será divulgada em fevereiro. Normalmente, atualizações do segundo semestre ocorrem nas divulgações referentes a novembro.

“As revisões ordinárias anuais das estatísticas do setor externo ocorrem nos meses de julho e novembro. Neste ano, excepcionalmente e em decorrência da operação padrão dos servidores do Banco Central do Brasil, a revisão anual prevista para novembro será realizada na próxima edição desta Nota para a Imprensa”, explicou a autoridade monetária.

De acordo com o BC, a incorporação dos resultados do Censo de Capitais Estrangeiros no País permitirá revisar a posição de IDP (Investimento Direto no País) e aprimorar as estimativas para as posições seguintes.

No caso da rubrica balanço de pagamentos, o BC pretende, para 2022, revisar os lucros auferidos por empresas de investimento direto residentes no Brasil, com impactos nas despesas de lucros, na renda primária e nas transações correntes, e nas transações de IDP, via lucros reinvestidos.

Para 2023, a autarquia visa aprimorar as estimativas de despesas de lucros de investimento direto. O BC informou ainda que fará uma revisão extraordinária para incorporação de novas fontes de dados.

A instituição lembrou que, a partir da regulamentação da Lei nº 14.286 de 29 de dezembro de 2021, que aprimorou o mercado de câmbio e de capitais internacionais, novas fontes permitem ampliações adicionais na cobertura das transações entre residentes e não residentes para além das operações cambiais.

“Especificamente, a partir da Resolução BCB nº 278, de 31 de dezembro de 2022, o Sistema de Prestação de Informações de Capital Estrangeiro de Crédito Externo [SCE-Crédito] passou a requerer a prestação de informação, de forma declaratória, de desembolsos de recursos efetuados diretamente no exterior por empresas residentes no país”, pontuou a instituição.

A autarquia reforça que o sistema anterior já permitia que os devedores residentes no Brasil informassem pagamentos de juros e principal via conta no exterior, mas não os desembolsos.

Assim, os novos dados possibilitarão ao BC incorporar desembolsos ocorridos diretamente no exterior, desde janeiro de 2023, para todas as modalidades de crédito. Dentre essas, destacam-se os desembolsos no exterior de operações intercompanhia, que contribuem para elevar o ingresso líquido total de IDP em 2023.

Fonte: O Sul

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