Reservas internacionais do Brasil aumentam 9,3% em 2023 e chegam a 355 bilhões de dólares
O Brasil fechou o ano passado com US$ 355 bilhões em reservas internacionais – uma “poupança” que o governo faz em moedas estrangeiras que funciona como um seguro contra crises externas.
O valor representa um crescimento de 9,3% – ou US$ 30,3 bilhões – em relação ao patamar do ano anterior (US$ 324,7 bilhões).
Reserva internacional ou cambial é o volume de dólares que o país tem em caixa. A vantagem de ter esses dólares guardados é que isso dá garantias contra eventuais crises no mercado internacional, como a da Rússia em 1998, ou eventuais retiradas de recursos por investidores.
Com os dólares, o país tem mais autonomia e não fica dependente, por exemplo, de empréstimos externos como os do FMI (Fundo Monetário Internacional) – buscados recentemente pela Argentina.
O governo acumula a moeda norte-americana de três formas: comprando dólares no mercado, recebendo por suas aplicações (geralmente em títulos do Tesouro norte-americano) ou fazendo emissões de títulos da dívida pública no mercado internacional.
Crescimento em 2023
O crescimento das reservas cambiais no primeiro ano do governo Lula foi motivado pelo ingresso de recursos no Brasil no montante de US$ 11,5 bilhões. Além disso, também se deve ao fato de o Banco Central não ter vendido dólares para conter movimentos fortes de retiradas de recursos – como o registrado durante a pandemia da Covid-19, em 2020.
O recebimento de dividendos pelas reservas também ajudou no crescimento dos ativos brasileiros, assim como o retorno de US$ 13 bilhões em um tipo de empréstimo (chamado de leilão de linha) feito ao mercado financeiro anteriormente.
Em 2022, quando as reservas tiveram uma queda de US$ 37,3 bilhões, o Banco Central vendeu US$ 570 milhões em dólares no mercado à vista e US$ 11,5 bilhões nos chamados leilões de linha. Além disso, US$ 6,46 bilhões deixaram o País por conta de operações comerciais e financeiras.
Fonte: O Sul