Novo número 2 da Abin diz que a agência de inteligência quer esclarecer supostas irregularidades na gestão de Alexandre Ramagem
O novo diretor adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Marco Cepik, disse que a diretoria do órgão vê com “tranquilidade e entusiasmo” a possibilidade de esclarecer possíveis irregularidades na gestão anterior da agência.
“A diretoria vê com a máxima tranquilidade e com entusiasmo o completo esclarecimento do que aconteceu aqui durante a gestão de Ramagem [deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin] e não há nenhum risco de obstrução desse processo por parte da administração”, disse Cepik em entrevista na quinta-feira (1º).
Ele foi indicado para o cargo após a exoneração de Alessandro Moretti, na última terça-feira (30). A demissão ocorreu depois que a PF (Polícia Federal) deflagrou uma operação para investigar um suposto esquema de espionagem ilegal de autoridades e cidadãos comuns durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando Ramagem comandava a Abin. Um dos alvos das investigações é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente.
Segundo Cepik, seu antecessor [Moretti] não é investigado e não há nenhum tipo de suspeição sobre ele. “Mas, para que não haja nenhum tipo de dúvida quanto a isso, o governo e ele decidiram pela exoneração”, explicou.
Sobre a possível participação de servidores da Abin nas irregularidades, o novo número 2 da agência disse que, se essa for uma hipótese investigativa, será conduzida pela Corregedoria da Abin, pela Corregedoria-Geral da União e pela PF.
Antes de ser indicado ao cargo de diretor-adjunto, Cepik foi diretor da Escola de Inteligência da Abin.
Fonte: O Sul