Fuga de presos: ministro da Justiça anuncia reconhecimento facial e muralhas em prisões federais de segurança máxima

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta quinta-feira (15) novas medidas para segurança nos cinco presídios federais. Entre as medidas estão:

– ampliação de sistema de alarmes.

– reforço de agentes de segurança.

– aperfeiçoamento do sistema de entradas nos presídios, com implantação de reconhecimento facial.

– construção de muralhas.

O ministro deu uma entrevista coletiva sobre a fuga de dois presos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN). Para o ministro, os fugitivos ainda devem estar na região da cadeia, porque as imagens de vídeo não mostraram nenhum veículo fazendo o resgate.

Lewandowski classificou a fuga como um “episódio fortuito”. Ele atribuiu o caso a uma reforma que está sendo feita no presídio. “Os presídios federais são absolutamente seguros. Todos podem continuar confiando nesse sistema”, ressaltou o ministro.

Ele também afirmou que as prioridades da pasta são a recaptura dos fugitivos e a apuração de eventual falha administrativa ou omissão.

Fatores que levaram à fuga

Os presos fugitivos são: Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Querubim, e Deibson Cabral Nascimento, o Tatu. Os nomes deles foram incluídos na lista da Interpol de procurados internacionalmente.

Na entrevista, Lewandowski listou alguns fatores que podem ter contribuído para a fuga dos dois presos.

O ministro relatou que havia uma reforma sendo executada no presídio e que as ferramentas não foram armazenadas de forma correta, o que as deixou mais disponíveis aos presos.

“É como uma queda de avião, quando cai, não é uma causa única. Primeiro que a fuga ocorreu numa terça-feira de carnaval, onde as pessoas estão mais relaxadas, outro fator que contribuiu pra isso é que o presídio estava passando por uma reforma interna e, então, havia operários lá dentro e, infelizmente as informações que temos, é que as não estavam [ferramentas] aprisionadas de forma correta, estavam espalhadas”, afirmou o ministro.

Além disso, o ministro confirmou que algumas câmeras de segurança não estavam funcionando no momento da fuga e ainda acrescentou que luzes do presídio também estavam desligadas.

“É verdade, e um outro fator que contribuiu, algumas câmeras não estavam funcionando adequadamente, assim como algumas luzes que poderiam evitar alguma fuga não estavam funcionando corretamente”

Missão de recaptura

Os seguintes contigente e equipamentos estão na missão de recaptura os dois fugitivos:

– 100 agentes da Polícia Federal;
– 100 agentes da Polícia Rodoviária Federal;
– 100 agentes das forças policiais locais (civil e militar);
– 3 helicópteros, drones e cães farejadores.

Medidas já tomadas

Lewandowski também listou ações tomadas desde a quarta (14) pela pasta após a fuga. Ele listou, por exemplo, o afastamento da direção do presídio.

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