Bolsonaro alega perseguição e pede anistia para presos do 8 de Janeiro

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O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (25), durante ato político na Avenida Paulista, em São Paulo, que sofre uma perseguição desde que deixou a presidência no fim de 2022. Em sua fala, pediu anistia aos presos do 8 de Janeiro. O ex-mandatário ainda negou a articulação golpista depois da derrota nas eleições.

“Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil. Por que continuam me acusando de golpe? Porque tem uma minuta de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Deixo claro que estado de sítio começa com presidente convocando conselho da República. Isso foi feito? não”, disse.

A manifestação com milhares de pessoas foi convocada por Bolsonaro nas redes sociais no momento em que ele e aliados são pressionados por inquéritos da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro afirmou que busca “pacificação” e passar uma “borracha no passado”.

“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de continuarmos em paz. Não continuarmos sobressaltados”, disse.

O ex-presidente mencionou a derrota eleitoral dizendo que “aquela coisa que aconteceu em outubro de 2022″ deve ser considerada “página virada”.

Contudo, voltou a lançar suspeitas sobre a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

“Nós podemos até ver um time de futebol sem torcida ser campeão, mas não conseguimos entender como existe um presidente sem povo ao teu lado”, afirmou.

Ele evitou citar o ministro Alexandre de Moraes do STF, que foi alvo de outras manifestações de Bolsonaro. Houve uma menção indireta a integrantes do Poder Judiciário.

“Quando o Estado Democrático de Direito não é respeitado, aquela minoria fabrica órfãos de pais vivos. O abuso por parte de alguns traz insegurança para todos nós”, disse.

Ele também pediu ao Congresso que faça um projeto de anistia para os “pobres coitados do 8 de janeiro”, avaliando que as penas contra aqueles que invadiram as sedes dos Três Poderes “fogem ao mínimo da razoabilidade”.

Bolsonaro foi aconselhado a evitar subir o tom contra o STF para não piorar a situação jurídica dele e de aliados. O ex-presidente é investigado em pelo menos oito inquéritos, de fake news sobre urnas eletrônicas a ataques golpistas e venda de joias do acervo da Presidência.

Ele está inelegível até 2030 e aliados já trabalham com a possibilidade de prisão dele. “Se eles te prenderem, você vai sair de lá exaltado. Se eles te prenderem, não vai ser para a tua destruição, mas para a destruição deles”, disse o pastor Silas Malafaia, organizador do ato, durante o discurso.

Além de Bolsonaro e Malafaia, discursaram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os deputados Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG), o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), e o senador Magno Malta (PL-ES).

Fonte: O Sul

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