Mulheres ganham, em média, 22,4% a menos do que os homens no Rio Grande do Sul

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As mulheres ganham, em média, 22,4% a menos do que os homens que ocupam os mesmos cargos em empresas no Rio Grande do Sul, aponta o 1º Relatório de Transparência Salarial.

O levantamento, divulgado na segunda-feira (25) pelos Ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego, contém os principais dados extraídos das informações enviadas ao governo federal por empresas com 100 ou mais funcionários.

No total, 3.055 empresas gaúchas responderam ao questionário. Juntas, elas somam 976.138 empregados. A exigência do envio dos dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho de 2023.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grupo ocupacional. No Rio Grande do Sul, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 34%.

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho gaúcho, também recebem menos do que as brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.951,72, a da não negra é de R$ 3.958,78. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.903,38, e os não negros, R$ 5.118,36.

O relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

No caso do RS, o relatório registrou que 44,5% das empresas possuem planos de cargos e salários; 33,7% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 25,9% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 20,1% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.

Apenas 15,8% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 17,6% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência e apenas 4,5% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (17,8%) e auxílio-creche (29,4%).

FONTE: O SUL.

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