Verão quente e úmido causou prejuízos à produção leiteira do Rio Grande do Sul

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O aumento das temperaturas máximas e da umidade relativa do ar durante o verão colocou os animais em situação de desconforto térmico ao longo dos três primeiros meses deste ano no Rio Grande do Sul, afetando significativamente a atividade leiteira, com sérios prejuízos econômicos aos produtores rurais. A conclusão é da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

De acordo com o Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) do órgão estadual, o pior momento foi fevereiro. “Os animais estiveram em conforto térmico durante apenas 30,5% do período avaliado, sendo que em 13,9% houve situações perigosas à sua saúde”, relata a pesquisadora Ivonete Tazzo.

Destacaram-se no primeiro trimestre quatro regiões do mapa estadual. Enquanto a Serra do Sudeste e a do Nordeste tiveram os maiores percentuais do período em condições de conforto térmico, os menores índices ocorreram no Vale do Uruguai e no Baixo Vale do Uruguai. Já os municípios de Passo Fundo (Norte gaúcho) e Bento Gonçalves (Serra) foram os únicos sem registro de situações emergenciais ao longo da estação mais quente do ano.

Estimativas potenciais de queda de produção diária de leite devido às condições meteorológicas do verão 2023/2024 foram mais acentuadas em vacas de maior produtividade. Ivonete acrescenta: “Os percentuais médios de perda individual diária ficariam entre 22% a 34%, caso medidas de manejo visando mitigar os efeitos climáticos não fossem adotadas pelos produtores rurais”.

Em 13 municípios, a queda estimada na produção diária de leite foi superior a 4 litros, destacando-se como prováveis maiores perdas as observadas em Maçambará (5,1 litros), Itaqui (4,8 litros) e Uruguaiana (4,7 litros) em fevereiro. Os dados podem ser consultados no site oficial agricultura.rs.gov.br (aba “Agrometeorologia”).

Colheira do arroz

Informe publicado nesta semana contabiliza a semeadura de 900.203 hectares com arroz irrigado para a safra 2023-2024. Conforme o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), vinculado à Seapi, a colheita avança no Estado, com 58% das áreas colhidas até o momento, sendo que na semana passada houve um avanço de 14%.

Até o momento, a média obtida nos 58% colhidos é de 8.692 quilos por hectare. Encontram-se em estágio reprodutivo 4,4%, enquanto 37% estão sob maturação e 0,6% foi perdido. Nas regiões produtoras de arroz irrigado, a colheita se encontra mais adiantada na Fronteira-Oeste (70% da área colhida), ao passo que a mais atrasada é a Região Central (32,51%).

Fonte: O Sul

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