Cidades temporárias: entenda a proposta apresentada pelo Governo do RS
A proposta de criação de “cidades temporárias” nos municípios da Região Metropolitana foi apresentada pelo Governador do Estado do Rio Grande do Sul, na manhã desta sexta-feira, 17. O Rio Grande do Sul tem cerca de 80 mil pessoas abrigadas em alojamentos temporários, com 70% em cidades como Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba. A iniciativa foi apresentada pelo vice-governador, Gabriel Souza, durante coletiva de imprensa no Centro Administrativo de Contingência (CAC), na capital gaúcha.
O objetivo é ofertar, nos espaços temporários, toda a infraestrutura necessária para as famílias – com dormitórios, cozinha, banheiros com chuveiro, lavanderia, áreas de lazer e espaço para animais, além de proximidade de serviços básicos de saúde e educação, por exemplo.
As estruturas projetadas pela Secretaria de Obras Públicas (SOP) contemplam a acomodação de 900 a mil pessoas. A montagem terá duração de 15 a 20 dias, e a previsão é de mobilização cinco dias após a assinatura do contrato com o fornecedor.
As áreas de instalação das residências temporárias em cada município ainda estão em avaliação em conjunto com as prefeituras. Em Canoas, o Centro Olímpico Municipal (COM) é a alternativa. Em Porto Alegre, o Porto Seco, na Zona Norte. Em São Leopoldo está sendo indicado o Centro de Eventos, e em Guaíba ainda não há definição.
Outras medidas
Paralelamente, outras medidas estão sendo planejadas, como a oferta de aluguel social e a instalação de abrigamentos temporários com apoio de instituições internacionais com experiência em desastres. É o caso, por exemplo, da Organização das Nações Unidas (ONU) – por meio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Existe também a proposta de abrigamentos mais robustos, com unidades habitacionais definitivas. A ordem de início de serviços para 250 unidades no Vale do Taquari, que já tem área mapeada, deverá ocorrer a partir de 21 de maio. Há ainda um projeto para 2.500 unidades desse perfil que poderiam ser entregues em até 120 dias após o início das obras.
Outra proposta é a de módulos habitacionais temporários e transportáveis, com possibilidade de contratação de 500 unidades por dispensa de licitação emergencial para imediata instalação.
Coordenador das ações emergenciais
Gabriel compartilhou a experiência do Gabinete de Crise na enchente registrada no Vale do Taquari, em setembro do ano passado, para projetar a curva de pessoas que precisarão ocupar habitações temporárias por mais tempo. A estimativa é de que poderão ser mais de 10 mil em meados de junho. o vice-governador foi anunciado nesta manhã, pelo governador Eduardo Leite, como coordenador das ações emergenciais. Ele destacou que o objetivo é construir soluções para dar melhores condições de habitação temporária para quem teve de deixar suas casas e precisará aguardar em abrigos até ser possível acessar as políticas habitacionais definitivas.
“Nossa maior preocupação neste momento é oferecer moradias com mais estrutura, conforto e dignidade, além de garantir que ginásios, escolas, universidades, clubes e outros ambientes, que estão sendo usados como abrigos temporários, possam retomar suas atividades”, explicou Gabriel.
Fonte: CP