Grande volume de chuva faz nível do Sinos e Caí subir causando apreensão em moradores atingidos
A instabilidade que retornou ao Rio Grande do Sul trazendo mais chuvas para regiões que ainda sofrem com o cenário de inundação causa preocupação junto às autoridades ambientais e para famílias que tiveram perdas materiais e casas destruídas pela enchente.
Em Campo Bom, o nível do Rio dos Sinos voltou a subir atingindo a marca de 6,25m na manhã desta sexta-feira. Na quinta-feira, a última aferição apontava 5,66m. De acordo com os técnicos, o Sinos subiu 18 cm em 8 horas. Entretanto, a aferição segue longe da cota de inundação que é de 7,20m. A Prefeitura ainda mantém pessoas em abrigos que não conseguiram voltar para casa por conta da destruição. Ao todo são 14 pessoas, acolhidas no Ginásio Municipal, além de 81 pessoas de São Leopoldo que estão abrigadas no ginásio do SESI.
Em São Leopoldo, às 20 horas de quinta-feira o Rio dos Sinos marcava 4,53m, com elevação de 2cm a 3cm por hora. Nesta sexta-feira a aferição apontou 4,70m. A previsão de chuva esperada para hoje é de 50mm e o acumulado não deve passar de 180mm de chuva. O Município mantém 14.733 pessoas acolhidas em 125 abrigos na cidade. Entretanto a Prefeitura estima que 100 mil moradores estejam desalojados. Cenário semelhante acontece em Novo Hamburgo, Sapiranga e Taquara, com elevação do Sinos.
No Vale do Caí, as atenções também se voltaram para o Rio Caí, que demonstra elevação, em decorrência do volume de chuva que atinge a região desde o início da quinta-feira. Nesta sexta-feira, a última mediação feita na régua de São Sebastião do Caí marcou 9,74m, sendo que as 22 horas de quinta-feira ele apontava a marca de 8,32m e segue dentro da cota de alerta.
Em Montenegro ele sobre de 2 a 3 cm por hora. Nesta manhã ele estava em 5,85m, faltando 15 cm para atingir a cota de inundação. Ainda há 80 pessoas abrigadas na escola Adão Martini que não conseguiram voltar para casa desde a semana passada. Existem alagamentos pontuais por conta da rede de drenagem que está obstruída nas regiões do Senai Aeroclube e no bairro Industrial.
Fonte: CP