Desemprego de 7,5% é o menor em 10 anos para abril, diz o IBGE

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Duas pesquisas que medem o mercado de trabalho no Brasil – a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho – trouxeram números positivos, confirmando que o mercado está aquecido, com criação de vagas, aumento de salário médio, de massa salarial e queda do desemprego.

No entanto, especialistas alertam que, ao mesmo tempo em que o desemprego cai e a circulação de dinheiro aumenta na economia, há pressão sobre a inflação, o que pode dificultar o corte da taxa básica de juros (Selic), pelo Banco Central (BC), atualmente em 10,50%.

A taxa de desemprego no País caiu de 7,9% no trimestre móvel encerrado em março para 7,5% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da Pnad Contínua. O resultado – o mais baixo para este período do ano desde 2014 – surpreendeu até as previsões mais otimistas de analistas do mercado financeiro, que estimavam uma taxa de desemprego mais elevada, entre 7,6% e 8,2%, com mediana de 7,7%.

Os números do Caged também vieram acima das expectativas. Após a criação de 244.716 vagas em março (dado revisado), o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 240.033 vagas em abril, informou o órgão.

O resultado do quarto mês de 2024 decorreu de 2.260.439 admissões e 2.020.406 demissões. Em abril de 2023, houve abertura de 181.761 vagas com carteira assinada, na série ajustada. O dado de abril deste ano é o melhor resultado para o mês na série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020.

O mercado financeiro esperava um avanço no emprego no mês, e o resultado veio no teto das estimativas de analistas. A mediana indicava a abertura de 210 mil postos de trabalho, e o intervalo das estimativas, todas positivas, variavam de 180 mil a 240 mil vagas.

No acumulado dos quatro primeiros meses de 2024, o saldo do Caged é positivo em 958.425 vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 718.576 postos formais. Ao mesmo tempo, a população desocupada recuou em 78 mil pessoas em um trimestre, para 8,213 milhões de desempregados. Em um ano, 882 mil pessoas deixaram o desemprego.

“Passado o aumento sazonal do desemprego no primeiro trimestre, observamos uma retomada do movimento de queda da taxa de desemprego, sinal da solidez do mercado de trabalho como um dos principais vetores para a expansão da demanda este ano”, observou, em nota, o economista Rafael Perez, da casa de análises de investimentos Suno Research.

“O crescimento mais forte da atividade neste começo do ano está bastante relacionado com o baixo desemprego e alta dos salários, o que tem se refletido numa expansão mais forte da economia”, completou Perez, prevendo uma acomodação na taxa de desemprego nos atuais patamares para o restante de 2024.

FONTE: O SUL.

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