Produção industrial recua 0,5% em abril após dois meses em alta, aponta IBGE

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Em abril de 2024, a produção industrial nacional recuou 0,5% frente a março, na série com ajuste sazonal, interrompendo dois meses consecutivos de alta, período em que acumulou expansão de 1,0%. A média móvel trimestral teve variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em abril de 2024 frente ao nível do mês anterior. Os dados foram divulgados pelo IBGE hoje.

Frente a abril de 2023, a indústria avançou 8,4%, após recuo de 2,8% em março, quando interrompeu sete meses de resultados positivos consecutivos nessa comparação. Com isso, o setor industrial cresceu 3,5% nos quatro primeiros meses de 2024. No acumulado nos últimos dozes o avanço foi de 1,5%, intensificando o ritmo frente aos resultados dos meses anteriores.

O setor industrial, ao mostrar redução de 0,5% em abril de 2024 frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, eliminou parte do ganho acumulado de 1,0% registrado nos meses de março e de fevereiro de 2024. No índice desse mês, diferentemente do que havia sido observado no mês anterior, verifica-se predomínio de taxas positivas, uma vez que três das quatro grandes categorias econômicas e 18 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram expansão na produção.

Vale destacar que, com esses resultados, a produção industrial se encontra 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Indústrias extrativas e de produtos alimentícios têm as maiores influências negativas

Entre as atividades, a influência negativa mais importante foi assinalada por indústrias extrativas, que recuou 3,4% nesse mês, após avançar 0,4% em março, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 8,2%. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%).

Veículos automotores é destaque entre as 18 atividades no campo positivo

Por outro lado, entre as 18 atividades que apontaram expansão na produção, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (13,2%) exerceu o principal impacto em abril de 2024, após recuar 4,6% no mês anterior quando interrompeu três meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 14,6%.

Vale destacar também os avanços assinalados pelos ramos de produtos diversos (25,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,0%), de máquinas e equipamentos (5,1%), de produtos químicos (2,2%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (8,7%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,3%), de impressão e reprodução de gravações (12,4%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (4,9%), de outros equipamentos de transporte (5,3%), de metalurgia (1,4%) e de produtos de minerais não metálicos (2,4%).

Apenas a categoria de bens intermediários apresentou taxa negativa em abril

Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês imediatamente anterior, bens intermediários, ao recuar 1,2%, apontou o único resultado negativo em abril de 2024 e eliminou o avanço de 1,1% verificado no mês anterior.

Por outro lado, os segmentos de bens de consumo duráveis (5,6%) e de bens de capital (3,5%) assinalaram as taxas positivas mais elevadas nesse mês, com ambas eliminando as quedas registradas em março último: -3,4% e -0,4%, respectivamente. O setor de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) também mostrou resultado positivo em abril de 2024 e marcou o terceiro mês seguido de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 1,7%.

Média móvel varia 0,2% em abril de 2024

Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria apresentou variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em abril de 2024 frente ao nível do mês anterior, permanecendo com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em fevereiro de 2023.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (1,9%) e bens de capital (1,7%) assinalaram os resultados positivos mais elevados em abril de 2024, com o primeiro permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2023; e o segundo marcando o quarto mês consecutivo de crescimento, período em que acumulou ganho de 13,2%.

O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) também mostrou resultado positivo nesse mês, após avançar em março (0,4%) e fevereiro (0,1%) de 2024.

Por outro lado, o setor produtor de bens intermediários, ao recuar 0,3%, assinalou o único resultado negativo em abril de 2024 e marcou o terceiro mês seguido de queda, período em que acumulou perda de 1,8%.

Fonte: CP

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