Governo federal planeja a entrega de casas pré-fabricadas aos desalojados pelas enchentes no RS
A fim de acelerar as entregas do programa “Minha Casa Minha Vida” a famílias gaúchas desalojadas pelas enchentes de maio, o Ministério das Cidades deve recorrer a uma alternativa: as habitações modulares pré-fabricadas. A meta é reduzir de 18 para dez meses o prazo médio de construção das moradias abrangidas pela iniciativa federal.
Fontes ligadas à pasta projetam para os próximos dias a publicação de uma portaria com as regras do plano, anunciado durante uma das visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Rio Grande do Sul durante a catástrofe climática. As residências não podem custar mais que R$ 200 mil e devem ter área mínima de 41 metros-quadrados.
As moradias modulares são compostas de blocos (de alvenaria ou materiais mistos) que já chegam prontos para o encaixe no terreno onde será erguido o imóvel. O grau de complexidade do resultado varia conforma a opção desejada.
Diversos fabricantes especializados têm interesse em produzir as casas modulares, incluindo empresas brasileiras, uma chinesa, outra da Suécia e uma dos Emirados Árabes Unidos. Os modelos serão submetidos a análise pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT/USP).
Recentemente, o ministro das Cidades, Jader Filho, reuniu-se com representantes da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC) e com representantes das empresas candidatas. Ele destaca:
“A gente tem uma oportunidade importante, não só para o Rio Grande do Sul, mas como para o Minha Casa Minha Vida como um todo. A gente poder trazer métodos construtivos mais rápidos, a gente reduzir desses 17 a 24 meses para uma realidade menor, porque essas famílias que moram em áreas de risco, por exemplo, as famílias que estão morando em aluguel, pelo Brasil, essas pessoas têm pressa”.
FONTE: O SUL.