Governador gaúcho defende o fim de embargos à exportação de aves do Rio Grande do Sul

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Durante a abertura do Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), em São Paulo, o governador gaúcho Eduardo Leite defendeu nessa terça-feira (6) a necessidade de revisão dos embargos às exportações de aves pelo Rio Grande do Sul. A medida foi tomada por Uruguai, Bolívia, Peru, Chile Cuba, Arábia Saudita e países da União Euroasiática, após a ocorrência de foco isolado da doença de Newscastle, já encerrado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

“Esse episódio demonstra não a falta de sanidade animal, e sim a capacidade dos nossos serviços de vigilância”, declarou Leite para uma plateia de empresários e líderes das cadeias produtivas de avicultura, bovinocultura, suinocultura e o setor de peixes de cultivo.

Ele acrescentou: “Este fórum é importante para que deixemos muito clara a reinvindicação de desbloqueio das exportações para os diversos mercados externos”.

Cronologia

O problema havia sido confirmado no dia 18 de julho, em uma granja comercial no município de Anta Gorda. Assim que saiu o resultado positivo, todas as 7 mil aves do estabelecimento foram abatidas e suas carcaças descartadas por enterro, conforme preconizado no Plano de Contingência para Influenza Aviária e doença de Newcastle.

No dia seguinte, iniciou-se o processo de desinfecção da área, com a remoção da cama do aviário e dos resíduos de composteiras, bem como do estabelecimento como um todo. A operação foi concluída em 25 de julho, data em que o Ministério encaminhou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) um relatório com as medidas.

O documento informa à entidade internacional que a investigação epidemiológica conduzida pelo Serviço Veterinário Oficial nas áreas de perifoco (raio de 3 quilômetros) e vigilância (10 quilômetros) não identificou  qualquer animal com sinais clínicos compatíveis com a doença de Newcastle.

Entre a detecção do caso e o dia 26 de julho, a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizou visitas de inspeção em todas as 858 propriedades com criações avícolas no raio de 10 quilômetros a partir do foco. Foram mobilizados 89 servidores, incluindo fiscais estaduais agropecuários e técnicos agrícolas.

Em parceria com a Brigada Militar (BM), foram montadas oito barreiras sanitárias no início da contenção do foco. Três delas continuam funcionando, 24 horas por dia. A corporação mobilizou 50 servidores para apoiarem a Seapi nas atividades.

FONTE: O SUL

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