No RS, 61% das crianças não vai à creche por opção dos pais
Conforme dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada ontem (4/12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cresceu o percentual de crianças de 0 a 5 anos de idade que não frequentam a escola por opção dos pais ou responsáveis. No Brasil, essa é a razão da ausência escolar de 59,9% das crianças dessa faixa etária. No Rio Grande do Sul, a taxa é mais alta, de 61,5%. Considerando os subgrupos de idade, entre crianças de 0 a 3 anos, o índice nacional é de 60,7% e, entre as de 4 a 5 anos, de 47,4%. No ano passado, as taxas nessas faixas etárias eram menores, de 57,1% e 39,8%, respectivamente. Com isso, conforme o IBGE, os demais motivos de ausência escolar na pré-escola tiveram queda em seus percentuais. Isso inclui justificativas de falha na oferta de Educação Básica (falta de vagas, de escolas, distância excessivas, etc).
Pandemia. Em 2023, mais de três anos após o pico da pandemia de Covid-19, o acesso de crianças à Educação voltou a crescer. A frequência escolar na faixa etária de 0 a 3 anos passou de 36% para 38,7% entre 2022 e 2023; e de 91,5% para 92,9%, no caso de crianças de 4 a 5 anos. Conforme o IBGE, de 2019 a 2022, o único grupo etário que manteve trajetória ascendente na frequência escolar foi o de 15 a 17 anos, (que passou de 89% para 92,2% no período).
Apesar do avanço na frequência escolar de crianças de 0 a 3 e de 4 a 5, dados envolvendo o acesso à escola na etapa adequada revelam dificuldades de retomada dos índices pré-pandemia. Em 2019, 97,1% das crianças de 6 a 14 anos estavam cursando a série condizente com sua idade. Esse percentual caiu para 95,2% em 2022 e, em 2023, registrou nova queda, chegando a 94,6%.
Fonte: O Sul