Tapejara promove ações de combate à dengue

Todo cuidado é pouco quando o assunto envolve doenças transmitidas por insetos, muitas vezes quase imperceptíveis. Por esse motivo, a Secretaria da Saúde de Tapejara, por meio da Vigilância Epidemiológica, está atenta à circulação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e traz informações sobre a doença, além de orientações quanto aos cuidados que a população deve adotar.

Segundo a bióloga do setor epidemiológico, Patrícia Benetti, as regiões com maior incidência da doença são classificadas como pontos estratégicos. Esses locais incluem borracharias, lavagens, floriculturas, cemitérios, parque de obras e caixas de armazenamento de água da chuva, ou seja, áreas onde há maior probabilidade de acúmulo de água parada. “O trabalho da agente de endemias é principalmente orientativo: procurar focos do mosquito e instruir a população para que não deixem água acumulada. O principal combate à dengue continua sendo o de sempre: não deixar água parada. Por isso, fazemos vistorias nas residências, damos orientações à população e reforçamos a importância de manter as caixas d’água tratadas com cloro”, explicou.

Patrícia ressalta que as visitas das agentes ocorrem anualmente, divididas em seis ciclos. “Ao longo de seis períodos de dois meses cada, elas precisam percorrer suas regiões, visitando as residências. Essas são ações preventivas, pois o combate à dengue ocorre durante o ano inteiro, e não apenas no período epidêmico”, destacou.

Ela ainda reforça que as ações da Secretaria da Saúde estão em andamento, mas que a colaboração da população é essencial. “Inseticidas estão sendo aplicados nas quadras. Antigamente chamávamos essa técnica de ‘fumacê’, porque o equipamento gerava uma fumaça branca, densa, visível. Hoje, utilizamos um equipamento mais moderno, de ultra baixo volume, que não gera fumaça. Temos também outra estratégia chamada BRI — Borrifação Residual Intradomiciliar”, informou.

Como funciona o BRI

O BRI consiste na aplicação de inseticida nas paredes, de forma que, ao pousar, o mosquito entre em contato com o produto e morra. “Todos os inseticidas que utilizamos são fornecidos pelo Ministério da Saúde, com comprovada eficácia e segurança para esse fim”, assegurou Patrícia.

Sobre o uso domiciliar de inseticidas, ela orienta que a população pode adquiri-los conforme desejarem. “Podem procurar agropecuárias e comprar os produtos recomendados. No entanto, a maneira mais eficiente de combater o mosquito e, consequentemente, a doença, é eliminar a água parada. A melhor estratégia é impedir que o mosquito nasça”, reforçou.

Sobre a dengue

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Andréia Calegari Dering, a dengue é uma doença caracterizada principalmente por febre alta de início súbito, com duração de dois a sete dias, acompanhada de dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, mal-estar geral, náuseas, vômitos, diarreia e manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.

Primeiros sintomas

Os sintomas iniciais geralmente podem ser confundidos com os de outras doenças. Por isso, Andréia orienta que, ao surgirem os primeiros sinais, a pessoa procure a Unidade Básica de Saúde, para avaliação médica. Isso contribui para evitar complicações e reduzir a possibilidade de internação.

A coordenadora também destaca que uma forma eficaz de detectar a doença é por meio de testes rápidos. “Eles são bastante eficientes. Porém, em caso de dúvidas, é possível realizar a coleta de sangue para envio ao laboratório de referência, o LACEN, a fim de confirmar os resultados. Os exames complementares são importantes para acompanhar o hemograma e, assim, possibilitar que as medidas necessárias sejam adotadas”, concluiu.

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