Grêmio e Arena trocam novos golpes em relação turbulenta desde o início

A relação entre Arena Porto-Alegrense e Grêmio nunca foi das melhores. Pelo contrário, só foi se desgastando e piorando ao longo do tempo. Tudo começou em 2012, quando o estádio foi inaugurado ainda no mandato de Paulo Odone. Durante os últimos 13 anos, Fábio Koff, Romildo Bolzan Júnior e Alberto Guerra passaram pela presidência do Tricolor, e os conflitos com a gestora do estádio foram aumentando, por diversos motivos. Nos últimos anos, os embates se tornaram cada vez mais públicos, sendo transmitidos através de notas oficiais de ambas as partes. Seja de críticas de um lado, seja de respostas de outro.
Em 2024, após o Rio Grande do Sul passar pelo maior desastre climático da história, Arena e Grêmio acabaram trocando “farpas” por causa do seguro destinado para reformar o estádio. A gestão da Arena reclamou que o Tricolor havia pedido a suspensão dos pagamentos do seguro, o que atrasaria a reforma e, consequentemente, o retorno dos jogos ao estádio. Em resposta, o presidente Alberto Guerra, após uma partida com o Fortaleza, no nordeste brasileiro, disse que a medida visava que o dinheiro fosse depositado em uma conta conjunta com o clube, para que pudesse auxiliar e fiscalizar os R$ 70 milhões do seguro. No fim, as duas partes chegaram a um acordo, e a reforma foi feita para que o Grêmio pudesse voltar a jogar em casa.
Já na última terça-feira, após o jogo contra o Santos, o Tricolor expôs a insatisfação com a operação da Arena Porto-Alegrense, destacando a dificuldades dos torcedores de adquirir os ingressos, o preço desses bilhetes e as longas filas ao redor do estádio. A qualidade do gramado foi também alvo de reclamação, o que não é nenhuma novidade principalmente nos bastidores dessa relação conturbada.
A gestão do estádio, por sua vez, respondeu as críticas e deixou claro que a precificação dos ingressos é feito em conjunto com o clube e segue parâmetros compatíveis por arenas do mesmo porte no Brasil. Segundo nota oficial, “é reiterado o respeito com a torcida gremista, reforçando o esforço da equipe de proporcionar a melhor experiência ao torcedor e ao time”.
O fato é que essa relação, que tem duração por ao menos outros sete anos, ainda deverá ter mais exposições públicas de descontentamento. Uma relação que começou turbulenta lá atrás e deverá seguir assim até o final. Já que não se avizinha no horizonte a possibilidade do Grêmio tomar a gestão da Arena antes de 2032.
Fonte: CP