Ancelotti define como “desafio maravilhoso” sua chegada à Seleção Brasileira

novo técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, falou pela primeira vez sobre o desafio de comandar a equipe. Em entrevista coletiva no Real Madrid, ele comentou que será “maravilhoso” assumir o comando do Brasil.

“No dia 26, serei treinador do Brasil. Será um novo desafio, maravilhoso. Mas até lá, incluindo o dia de hoje sou Real. Quero acabar bem o capítulo atual, essa fantástica aventura da melhor maneira. Para mim, tenho que pensar no tempo que vivo, os dias que me querem no Real, e honrar o compromisso com os jogadores e os torcedores na reta final dessa aventura espetacular”, declarou o italiano.

“O futebol, como a vida, é uma aventura que começa e termina. Sempre levei em consideração que isto acabaria. Passei muito bem, todos passaram muito bem, acredito, mas em tudo na vida há um momento que acaba”, afirmou.

Ancelotti fechou o acordo com a CBF após dois anos e meio de namoro com Ednaldo. O europeu terá a missão de conduzir o Brasil rumo à Copa do Mundo de 2026, e estreia já na Data Fifa de junho, em compromissos contra Equador, no dia 5, e Paraguai, no dia 10.

Durante a entrevista coletiva, Ancelotti exaltou a boa relação com Xabi Alonso, próximo técnico do Real Madrid e deixou bem claro que não gostaria de continuar falando da Seleção Brasileira porque ainda tem duas semanas de trabalho à frente do clube merengue. “Eu realmente não gostaria de falar outra coisa que não seja sobre o Real Madrid. Eu respeito muito esta camiseta e quero aproveitar muito as duas semanas que tenho aqui”, comentou.

Diante das críticas da imprensa pela atitude do vestiário, Ancelotti afirmou que não faltou cobrança e que não se arrepende de nenhuma decisão.

“Passei fantasticamente bem aqui e quero continuar assim nos últimos 15 dias que me restam aqui. Tirei o máximo que podia de mim mesmo e os títulos falam”, insistiu.

Desejo antigo

Desejo antigo da direção da CBF, o italiano era a primeira opção desde a saída de Tite, após a Copa do Mundo de 2022. A entidade demonstrava esperança em contar com ele desde então, o que foi negado por ele mesmo. Só agora o acordo foi efetivado e anunciado hoje pela entidade. Desde o último Mundial, a Seleção teve três técnicos: Ramón Menezes (interino), Fernando Diniz (interino que foi efetivado) e Dorival Júnior.

Dono de um currículo incontestável, como jogador, fez dupla com Falcão na Roma do início dos anos 1980 e no fim da mesma década fez parte de um Milan praticamente invencível. Como técnico, conquistou títulos importantes por onde passou: Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain, Bayern e, claro, no Real Madrid, onde teve uma primeira passagem entre 2012 e 2015 e uma segunda que começou em 2021 e terminou este ano.

A prateleira de taças de Ancelotti fala por si. Só de troféus da Liga dos Campeões da Europa, são cinco: duas pelo Milan (2002/03 e 2006/07) e três pelo Real Madrid (2013/14, 2021/22 e 2023/24). Pela Fifa, foi eleito o melhor técnico do ano em 2024; pela revista France Football, um dos dez maiores da história e o melhor em 2024; pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), o melhor do mundo em 2007, 2014 e 2024. Em 2015, entrou para o Hall da Fama do Futebol Italiano.

Fonte: CP

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