Inter encara o Bahia no Beira-Rio por vaga nas oitavas da Libertadores
Chegou a hora da verdade — ou, como diriam os mais céticos, a hora de descobrir se os colorados realmente sabem o que está em jogo. Nesta quarta-feira, às 19h, o Beira-Rio será palco do confronto entre Inter e Bahia pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. Um duelo direto, dramático e com cara de mata-mata: apenas um dos dois avança para as oitavas de final.
A matemática do confronto é simples. Os colorados entram em campo com a vantagem do empate. Já o Bahia, que começou a competição apontado como um dos favoritos do grupo F, assim como o próprio Inter, precisa vencer fora de casa para seguir sonhando com a América. O grupo, aliás, não decepcionou em termos de equilíbrio. Favoritos se atrapalharam, zebras apareceram, e o destino quis que dois dos candidatos à liderança agora lutem por sobrevivência.
Para o Inter, a temporada tem seguido um padrão curioso — e perigoso. Quando o jogo exige uma resposta imediata, como na vitória convincente por 2 a 0 sobre o Nacional, no Uruguai, o time aparece, joga sério, marca forte e entrega resultado. Mas quando o cenário é mais confortável, como em várias partidas pelo Brasileirão, a equipe parece entrar em campo de pijama: lenta, dispersa, e sem a menor urgência.
Resta saber qual Inter vai aparecer nesta quarta. A versão ligada na tomada, competitiva, ou o modelo “stand-by”, que circula a bola por tédio e abdica da agressividade? Porque, diferentemente de alguns jogos recentes, agora não há espaço para distrações. É, até aqui, o compromisso mais importante do ano.
O Bahia, por sua vez, chega pressionado, mas motivado. Sabe que precisa da vitória e vem disposto a incomodar. No entanto, a atmosfera do Beira-Rio, a força da torcida e a tradição colorada em momentos decisivos podem pesar. Ou não — tudo depende do comportamento do time colorado em campo. Uma coisa é certa: não há mais espaço para desculpas ou adiamentos.
Fonte: CP
