Inter: menos investimentos para os novos reforços na próxima janela

Com o calendário abarrotado e uma prateleira crescente de lesionados, o Inter decidiu que, sim, é hora de ir ao mercado. Mas, calma: se você pensou em craques, aglomeração no Salgado Filho e gritaria da torcida, melhor aguardar. Os reforços prometidos para a próxima janela não têm pinta de estrela. E isso não é pessimismo, é orçamento. Apesar de todo esse cenário, a promessa é clara: reforços virão. Mas, segundo um dirigente envolvido nas negociações “o Inter não suporta contratações caras”.
A nova realidade colorada tem números eloquentes. Em 2024, o clube acumulou um déficit de R$ 34,4 milhões. E, apesar dos esforços para reduzir despesas e aumentar receitas, a dívida chegou aos R$ 860 milhões no fim do ano passado, um recorde histórico. Esse endividamento obriga o Inter a pagar em torno de R$ 80 milhões por ano só em juros. Dinheiro esse que, se não houvesse dívida, poderia estar servindo para contratar um volante para o lugar de Fernando, por exemplo — ou mais.
Aliás, quem esperava a repetição do investimento visto em 2024 — quando chegaram nomes como Rafael Borré, Thiago Maia e Fernando — vai precisar se adaptar. Em 2024, o clube adotou uma abordagem mais econômica. Chegaram Ronaldo, Tabata e Carbonero. Agora, o próximo deve ser Alan Benítez, lateral-direito paraguaio de 31 anos, que ficará livre no mercado ao fim de seu contrato com o Cerro Porteño. É uma contratação que não compromete o caixa.
Após a vitória contra o Bahia, que garantiu a classificação às oitavas da Libertadores, o presidente Alessandro Barcellos resumiu o momento: “O Inter não tem condições de fazer investimentos agora, mas vamos reforçar o time. Avaliamos jogadores que estão livres ou com custo que, ao longo do tempo, possamos equacionar. Mas é um xadrez. Temos que agir com transparência e responsabilidade. Não faremos loucuras”. Traduzindo: os reforços chegarão, mas estarão dentro um padrão financeiro que não é alto.
Fonte: CP