Porto Alegre registra uma das cestas básicas mais caras entre as capitais brasileiras
O preço da cesta básica de alimentos em Porto Alegre segue elevado. Apesar da queda de 1,82% no mês de maio, em comparação a abril, os cidadãos que moram na capital gaúcha precisaram desembolsar R$ 819,05 para adquirir produtos como arroz, café, tomate e pão.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que pesquisa mensalmente o preço da cesta de alimentos em 17 capitais. O valor em Porto Alegre representa quase 60% de um salário mínimo, atualmente em R$ 1.518. Conforme a pesquisa, o tempo médio para comprar a cesta básica seria de 118 horas e 42 minutos.
Em âmbito nacional, o preço diminuiu em 15 capitais do País. As maiores quedas foram registradas no Recife (-2,56%), em Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%). As duas altas foram registradas em Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%).
São Paulo foi a capital em que o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo: R$ 896,15, seguida de Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre. Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97), Recife (R$ 636,00) e João Pessoa (R$ 636,73). Nas regiões Norte e Nordeste, a composição da cesta é diferente, geralmente com produtos mais baratos.
Comparando o preço da cesta básica de maio deste ano com a do mesmo mês de 2024, houve alta em 16 das 17 capitais pesquisadas, com variações que oscilaram entre 0,77%, em Natal, e 8,43%, em Vitória.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano (de janeiro a maio), o custo da cesta básica aumentou em todas as capitais pesquisadas, com taxas que oscilaram entre 2,48%, em Campo Grande, e 9,09%, em Belém.
São Paulo registrou a cesta mais cara em maio. E, levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deveria ser suficiente para suprir as despesas de uma família, de quatro pessoas, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário, no quinto mês do ano, deveria ser de R$ 7.528,56 ou 4,96 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518.
Fonte: O Sul
