Governo federal anuncia R$ 89 bilhões em recursos para o Plano Safra da Agricultura Familiar

O Plano Safra da Agricultura Familiar para o ciclo 2025/2026 vai oferecer R$ 89 bilhões para financiamento de pequenos e médios produtores do Brasil, cerca de R$ 4 bilhões a mais do que na safra passada. O conjunto de políticas públicas foi lançado no início da tarde desta segunda-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, pelo ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Deste montante, R$ 78,2 bilhões serão oferecidos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com vigência de 1º de julho até o fim de junho de 2026.

As taxas de juros para o segmento vão variar de 0,5% ao ano a 8% ao para investimentos e de 3% ao ano para custeio de agricultores que produzam arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, leite e ovos. Os produtores que praticarem produção sustentável de alimentos orgânicos, produtos da sociobiodiversidade, bioeconomia ou agroecologia terão incentivo maior, taxa de juro de 2% ao ano nas linhas de custeio. Nas linhas do Pronaf Investimento ( Pronaf Floresta, Pronaf Jovem, Pronaf Agroecologia, Pronaf Bioeconomia, Pronaf Convivência com o Semiárido, Pronaf Produtivo Orientado e inclusão de avicultura, ovinocultura e caprinocultura, conectividade no campo e equipamentos dentre os investimentos possíveis), foi mantida a taxa de 2% ao ano.

De acordo com Paulo Teixeira, desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os recursos para o Pronaf aumentaram em 47,5%, saindo R$ 53 bilhões em 2022, para R$ 78 bilhões agora.

A apresentação de Teixeira foi acompanhada pelo presidente Lula, que relativizou o aumento da Taxa Selic, atualmente em 15%. ‘Uma coisa, Haddad (Fernando Haddad, ministro da Fazenda), que você precisa falar mais e nós precisamos falar mais, é sobre a taxa de juros. Todo mundo fala da taxa de juros, fica olhando o aumento da Selic para dizer que o mundo está uma desgraça por causa da Selic. Vi a apresentação do Paulo Teixeira e vi juros de 3%, 2,5%. A taxa mais alta que vi é de 5%. É importante registrar que uma taxa de juros de 5% com inflação de 5% é taxa de juros zero’, disse ele.

Fonte: O Sul

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