Relatório expõe impactos das cheias na Educação

Os impactos das enchentes de 2024 na comunidade educacional gaúcha, tema da Subcomissão Especial da Câmara dos Deputados, criada logo após a tragédia no RS, teve o seu relatório final apresentado ontem pela relatora, a deputada federal Fernanda Melchionna, na Assembleia Legislativa do RS (AL), na Capital.
Com base em dados da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), 1.106 escolas estaduais tiveram danos relacionados à catástrofe climática. E a Undime/RS (União dos Dirigentes Municipais de Educação) apontou que 55 escolas municipais de Porto Alegre foram afetadas pelas cheias, enquanto o número repassado pela prefeitura ao Ministério da Educação (MEC) foi de apenas 11.
Houve registro indicando que, das 47 mil fichas de infrequência no Estado em 2024, 34 mil ainda estavam em aberto no período em que o relatório foi produzido, sendo potenciais alunos em situação de evasão escolar.
Já sobre o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), foi identificado que a última edição teve uma média de 52% de alunos gaúchos ausentes no teste, o dobro da média nacional (26%). Por isso, Fernanda adverte que os resultados obtidos pelo documento dão um sinal de alerta. “São muito preocupantes. A Educação pública já pedia socorro, por falta de investimento e de infraestrutura. E já havia um gargalo anterior às enchentes, imagina com ela. Há escolas que conseguiram fazer as obras necessárias para começar as aulas, mas existe uma demanda de reformas estruturais e pontuais que está represada e é preocupante.”
Fonte: O Sul