Manuela D’Ávila intensifica articulações para eleição de 2026

Em tratativas com vários partidos para se filiar a um deles e concorrer a uma das cadeiras ao Senado em 2026, a ex-deputada Manuela D’Ávila vem invertendo a estratégia tradicional utilizada por políticos que se preparam para disputar eleições. Antes de decidir a sigla pela qual vai concorrer, ou assumir a pré-candidatura ao Senado, ela desencadeou, há poucas semanas, uma tática de intensificação de sua presença nas redes sociais, território no qual sua desenvoltura já era conhecida. A ex-deputada tem mais de 2 milhões de seguidores no Instagram, 1,5 milhão no X (antigo twitter) e 466 mil no TikTok.
As postagens vão muito além de registros de encontros com lideranças partidárias que ajudam a manter a lembrança de que ela estará no jogo em 2026. Nas redes, mesmo que sem partido e sem mandato, Manuela aborda diariamente quase todos os temas que chamam a atenção da população no momento. Não só os político-econômicos mais relevantes, como o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a taxação dos super ricos ou o debate sobre o fim da jornada 6×1.
Na última semana, por exemplo, a ex-deputada expressou sua tristeza com a morte da menina que caiu no cânion Fortaleza, comemorou o ingresso de Ana Maria Gonçalves na Academia Brasileira de Letras, se solidarizou com o sofrimento em Estação, e fez um apelo pela preservação ampla da infância, incluindo sua proteção da violência da política e do ambiente digital.
Antes disso, quando das últimas chuvas que atingiram o Estado, preparou posts específicos para criticar, com ironia, e diretamente, o governador Eduardo Leite (PSD) e o prefeito Sebastião Melo (MDB). Com frequência, Manuela vincula diferentes temas à importância de uma articulação para as eleições de 2026.
O conjunto de movimentos fez com que se cristalizasse entre aliados o entendimento de que ela pode antecipar a admissão pública de que vai concorrer ao Senado e definir o partido. Nesta segunda-feira, o assunto será tema de um encontro ‘informal’ entre articuladores de siglas à esquerda. Interlocutores da ex-deputada não negam que as movimentações podem estar relacionadas a debates em curso no PSB.
Fonte: CP