Inter tem um olho no Brasileirão, mas mantém o outro na Copa do Brasil

Costumeiramente Roger Machado organiza com sua comissão técnica a divisão do calendário em ‘blocos de jogos’, em que projeta o desempenho do time naquele recorte escolhido. Como os resultados fogem da alçada de qualquer treinador, distinguir cenários faz parte da organização. Neste contexto, a última partida e as próximas duas estão ligadas à primeira das decisões que o Inter terá neste segundo semestre: o Fluminense.
Antes do jogo pela Copa do Brasil na semana que vem, porém, o time encara o Santos, amanhã, e o Vasco, domingo, ambos pelo Brasileirão. Roger não colocará força máxima nos dois jogos e por isso saudou os resultados contra Vitória e Cuiabá muito mais do que a atuação da equipe. Justamente porque os seis pontos afastaram o time do Z-4 a ponto de, provavelmente, poder fazer com certa dose de tranquilidade preservações diante do time de Fernando Diniz deixando peças importantes recarregando as energias no próximo final de semana.
Contra o time de Neymar não deve ser o caso. Em tese, Roger poderá repetir a escalação, pois não perdeu nenhum jogador machucado ou suspenso. Com dois cartões amarelos Vitão e Braian Aguirre poderiam forçar o terceiro na Vila Belmiro para limparem a ficha. Também pendurado, entretanto, um jogador em especial não vai querer agir assim: Bruno Tabata. Por um motivo revelado pelo próprio treinador em uma conversa de vestiário entre eles:
“Professor, eu estou aqui de peito aberto, porque o que eu desejo fazer talvez vai me tirar minutos em campo. Porque eu vou concorrer com a vaga do Alan (Patrick). Mas eu estou disposto”, contou o treinador que completou: “Eu percebo que quando ele faz o jogo interno, e ele tem uma relação muito boa com a bola, ele não se aperta num espaço muito congestionado. E ali ele pode participar muito mais do jogo, mas como tenho pouca gente pelos lados, ainda preciso de ti por ali”.
Com Romero trazido para ser a alternativa para o lugar do capitão colorado, machucado, Tabata pode ganhar minutos no domingo no meio-campo. No entanto, no calendário específico dos treinadores, ainda ‘falta muito’ até lá. Amanhã o desafio é o Santos, e o Peixe tem 14 pontos, só três a menos do que o Inter.
Em caso de derrota, os gaúchos ficariam atrás pelo número de vitórias e a pressão voltaria ao Beira-Rio no domingo quando se inicia uma semana decisiva. Nas anotações recentes de Roger e sua comissão ‘a urgência em subir no Brasileirão’ é assunto vencido nas duas últimas semanas.
Fonte: CP