Inter vive noite de desafios diante do Santos, na Vila Belmiro

Marques, Marcelinho Carioca, Sávio, Eilvélton, Robinho, entre outros. Roger Machado, nos tempos idos de lateral-esquerdo, costumava brincar que se a camisa do ponta a enfrentar sobrasse no corpo era um mal sinal para ele, pois era promessa de muito trabalho pela frente. Do banco de reservas da Vila Belmiro esta noite, o treinador, livre da necessidade de marcar o maior atacante da última geração, verá de perto uma aparente mudança em curso. Neymar, de outra faixa do campo, comanda o pressionado Santos diante do Inter em uma noite de vários testes a serem batidos na baixada santista.

O primeiro deles diz justamente ao desempenho colorado neste Brasileirão. Antes do Mundial de Clubes, eram duas vitórias em 12 jogos. Depois da parada, duas em dois. Ou seja, o bom momento também será testado, mas para que ele melhore será preciso ganhar pela primeira vez fora de casa na competição.
Como visitante na vila mais famosa do mundo, o retrospecto do Inter no Campeonato Brasileiro é ruim. Em 23 partidas foram 12 derrotas, 8 empates e 3 vitórias, a última em 2018. Pesa ainda o fato de ser um confronto direto. Uma derrota iguala os dois times, com 17 pontos.

Uma outra situação à prova é a recuperação de Neymar para o futebol. É até difícil crer, mas se completar os 90 minutos, o fará apenas pela terceira vez seguida no intervalo de dois anos. Muito pouco para quem ainda tem o nome ligado à esperança para a Copa do Mundo de 2026.

Eis aqui o teste mais novo. O técnico Cléber Xavier tem experimentado Neymar em uma nova função, provavelmente fruto da idade de 33 anos e da condição física bem distante dos tempos de “filé de borboleta”, brincadeira de Vanderlei Luxemburgo quando treinou o jovem ainda magrinho. Neymar está mais robusto, perdeu mobilidade e por isso tende a se aproximar da área onde se desgasta menos. Foi assim que fez o gol da vitória contra o Flamengo.

“É uma tendência. Acho que ele não deve jogar de costas para a zaga porque favorece o zagueiro. Nas costas do volante é a melhor opção”, destaca o ex-zagueiro Mauro Galvão. Opinião semelhante tem o xará Mauro Beting. Para o jornalista, o que se desenha em branco pode ser pintado em amarelo onde nenhum jogador chama a camisa 9 de sua.

“Para mim demorou. Queria ter visto já no PSG e na Seleção Brasileira antes até. Acho que com o Rodrygo e Vini, que o Ancelotti tanto conhece, ou também o Raphinha, o Neymar pode ser esse cara. Pela qualidade do maior goleador da história de um seleção que teve Pelé, Zico, Ronaldo etc, e pela mobilidade. Cada vez mais ele é uma boa opção para o Santos e para o Brasil”.

Pelo Peixe, Neymar ainda não perdeu para o Inter, na Vila Belmiro. Mais uma questão do jogo que o craque da camisa 10 jogará como 9, mas também não daqueles do tempo de Roger com a 6.

Inter: Rochet; Aguirre, Vitão, Victor Gabriel e Bernabei; Thiago Maia, Bruno Henrique e Alan Patrick; Wesley, Borré e Carbonero. Técnico: Roger Machado

Santos: Gabriel Brazão; Escobar, João Basso, Luan Peres e Souza; Willian Arão (João Schmidt), Zé Rafael e Rollheiser; Barreal, Neymar e Guilherme. Técnico: Cleber Xavier

Árbitro: Lucas Paulo Torezin (PR)

Fonte: CP

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