Presidente do Banco Central volta a defender o Pix público em meio a investigação dos Estados Unidos

O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, voltou a defender, durante evento na capital paulista nesta segunda-feira (11), que o Pix seja uma “estrutura pública”. A fala acontece enquanto os Estados Unidos investigam suposto favorecimento do Brasil a “serviços de pagamento desenvolvidos pelo governo”.

“Vemos a importância de que o Pix seja como ele é: gratuito e uma estrutura pública, gerido pelo Banco Central, permitindo que atores possam se acoplar nesta rodovia. Se tivessem qualquer outro incumbente, poderia haver suspeita sobre conflito de interesse, sobre decisões para deixar ou não alguém entrar no sistema”, disse.

“O Pix é estratégico e crítico, se transformou em uma infraestrutura absolutamente essencial para as pessoas. E se não fosse público, poderia trazer estes desafios”, completou, durante reunião na sede da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).

Em sua participação, Galípolo ainda negou que a utilização do Pix no Brasil tenha tirado espaço de outros meios de pagamento. Segundo o presidente do BC, ao promover a bancarização, a ferramenta gratuita aumentou o montante total de transações e beneficiou o sistema como um todo.

No evento, Galípolo ainda destacou o Pix como uma conquista tecnológica e defendeu a PEC 65, que dá autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central, como caminho para garantir que a instituição tenha meios para continuar inovando e levando contribuições ao país.

Investigação dos EUA

O Pix faz parte da grande lista de reclamações mencionada no processo de investigação comercial dos Estados Unidos contra o Brasil. O sistema de pagamentos brasileiro é citado como exemplo de como o governo local favorece o país em detrimentos das empresas norte-americanas.

“O Brasil também parece se engajar em uma série de práticas desleais com relação aos serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a favorecer seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, cita o documento do Escritório da Representação Comercial dos EUA, o USTR.

Fonte: O Sul

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