Grêmio suspende sócio envolvido em emboscada contra ônibus dos jogadores; saiba mais

“Vamos atrás dos envolvidos e queremos punições rigorosas.” A declaração do presidente Alberto Guerra, após a vitória contra o Atlético-MG por 3 a 1, em Belo Horizonte, começou a tomar forma nesta terça-feira. O Grêmio identificou o primeiro torcedor envolvido na emboscada contra o ônibus dos jogadores no Aeroporto Salgado Filho, ocorrida no último sábado. Sem revelar a identidade do indivíduo, o Tricolor confirmou tratar-se de um sócio que será impedido de acessar os jogos na Arena.
A identificação foi possível graças às digitais coletadas pela perícia e também às imagens das câmeras de segurança do local. A Polícia Civil recolheu todas essas provas e enviou para que o Grêmio reconhecesse os indivíduos envolvidos. Diante desse procedimento, novas identificações vão acontecer nos próximos dias.
“De imediato, eu fiz a solicitação de um exame pericial para constatar não só os danos que foram causados, mas também, e especialmente, a coleta das impressões digitais. Então, naquela mesma tarde, o trabalho se estendeu até a noite. Algumas imagens já foram enviadas ao Grêmio para que o clube possa nos auxiliar na identificação desses torcedores”, diz a delegada Roberta Bertoldo, da Delegacia de Polícia para o Turista, responsável pela área do Aeroporto Salgado Filho, ao CP.
Por causa desse ataque, dois boletins de ocorrência foram realizados: um do segurança do clube Luis Fernando Cardoso, conhecido como Fernandão, que foi agredido pelos torcedores, e outro do motorista do ônibus, referente aos danos gerados no veículo. Conforme a delegada Roberta Bertoldo, integrantes da comissão técnica e dirigentes ainda não efetuaram registro de ocorrência por crime contra a honra, como injúria e ameaça: “São crimes que dependem de cada um dos ofendidos fazer o registro de ocorrência se assim entenderem. A Polícia Civil está à disposição caso alguma dessas vítimas queira fazer um registro e ser apurado esse caso da injúria ou calúnia. É uma decisão que deve partir exclusivamente da pessoa ofendida”.
O ataque ocorrido na tarde de sábado contou com um grupo de cerca de 40 torcedores. Eles invadiram a área na qual o ônibus estava estacionado. “Na verdade, ele (portão) estava aberto. Então, não houve nenhuma dificuldade. Eles só acompanharam o trajeto do ônibus, o ônibus adentrou na área e estava aberto o portão. Não tinha sido fechado”, destaca a delegada.
Segundo Roberta Bertoldo, outros crimes podem ser configurados durante a investigação, que vai se estender durante os próximos dias: “Além desses fatos criminosos, durante a apuração podem se configurar outros. Tudo também vai depender de quem são os indivíduos e em quais ocorrências eles costumeiramente se envolvem, para a definição de outros tipos penais que porventura venham a ser caracterizados também”.
Fonte: CP