Presidente da Farsul, Gedeão Pereira insiste em renegociação das dívidas dos produtores, com lastro no Fundo do Pré-Sal.

A proposta do governo federal de renegociar até R$ 10 bilhões das dívidas dos agricultores gaúchos para pagamento em sete anos com um ano de carência e juro escalonado não é a melhor solução, segundo o presidente da Farsul (Federação da Agricultura do RS), Gedeão Pereira. Ele conversou com o colunista e afirmou que “estes R$ 10 bilhões para financiar a dívida não são suficientes. A pedida é bem maior, R$ 25 bilhões”, afirma.

Segundo Gedeão Pereira, “nós já colocamos o caminho, que é o recurso do Fundo Social do Pré-Sal. Esse recurso existe e não fere o arcabouço fiscal. E dentro das suas normativas, esse recurso autoriza a utilização para minimizar os impactos climáticos. Então, é uma questão de decisão do governo em querer ou não querer usar”.

O presidente da Farsul detalhou como seria a proposta defendida pelo setor rural:

“Nós estamos propondo esse refinanciamento em duas fases: o primeiro, de R$ 15 bilhões, para ocorrer imediatamente, senão muitos dos produtores não voltarão à atividade, sem dúvida nenhuma. E uma segunda etapa no ano que vem, de R$ 10 bilhões, porque então entra no orçamento de 2025 do próprio Fundo Social, que é um recurso que está entrando permanentemente, porque é oriundo do petróleo. E o Rio Grande do Sul não tem fundo constitucional, não tem royalties, portanto, merece uma solução como essa. E isto aí resolveria, porque tem muito produtor que já renegociou para os próximos três anos. O prazo é muito curto, o juro é alto, mas, de qualquer maneira, no ano que vem, nós poderíamos colocar estes produtores também dentro dessa negociação”, explica Gedeão Pereira.

Fonte: O Sul

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