Estudo lançado na Expointer revela que o agronegócio é responsável por 40% do PIB gaúcho

O agronegócio segue como principal motor da economia do Rio Grande do Sul, sendo responsável por cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. A estatística consta na revista Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2025, lançada nessa terça-feira (2), no estande do governo gaúcho no Pavilhão Internacional da 48ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
A publicação, elaborada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), reúne informações atualizadas sobre a diversidade produtiva, os gargalos e as perspectivas do setor.
A Radiografia projeta retomada do crescimento neste ano, impulsionada por investimentos em inovação tecnológica, pesquisa e diversificação de mercados. A abertura de novas frentes de produção e a valorização de cadeias como a olivicultura e a fruticultura são apontadas como caminhos para ampliar a base econômica e agregar valor às exportações.
Mesmo com os impactos climáticos recentes como a enchente de 2024 e os seguidos momentos de estiagem, o Estado manteve protagonismo na produção nacional de grãos, carnes e lácteos.
O Rio Grande do Sul segue líder em culturas como arroz, soja e milho, com expectativa de recuperação após perdas recentes. Também figura entre os maiores produtores de carne bovina, suína e de frango, além de leite, consolidando-se como um dos principais fornecedores de proteínas do país.
O estudo, no entanto, aponta entraves que limitam a competitividade do setor, como a dependência das condições climáticas, os gargalos logísticos e a necessidade de linhas de crédito mais acessíveis e estáveis para os produtores.
Além da relevância econômica, a publicação enfatiza o papel social e estratégico da agropecuária para o desenvolvimento sustentável do Estado, reforçando a importância de políticas públicas e parcerias que garantam competitividade ao setor.
Com 43 páginas e disponível em português e em inglês, o material apresenta dados coletados entre 2024 e 2025 sobre 65 culturas agrícolas – entre grãos, frutas e hortaliças –, além das principais cadeias pecuárias, como bovinos de corte e leite, suínos, aves, ovinos, caprinos, bubalinos, equinos, apicultura e piscicultura. A Radiografia também fornece análises sobre irrigação, armazenagem de grãos, importações e exportações.
De acordo com o titular da Seapi, Edivilson Brum, a diversidade produtiva gaúcha garante segurança alimentar, movimenta a economia e fortalece o setor agroindustrial, além de atrair o interesse de outros países. “Essa vitalidade assegura não apenas a produção primária, mas também o potencial de transformação em produtos de maior valor agregado”, destacou, acrescentando que a publicação oferece maior previsibilidade ao produtor.
O chefe da Divisão Agropecuária do Departamento de Governança e Sistemas Produtivos da Seapi, Paulo Lipp João, lembrou que a revista existe desde 2019 e reúne as principais culturas produzidas no Estado. “É um panorama completo da nossa realidade produtiva, agora também disponível em inglês”, frisou.
Fonte: O Sul