Exatos 794 dias depois, chega ao fim a passagem de Enner Valencia pelo Inter

Enner Valencia chegou ao Inter para ser o cara decisivo. Era para ser o goleador, a referência, o nome capaz de elevar o time a outro patamar. Currículo para isso ele até tem, mas a verdade é que, apesar do desembarque glamouroso, com direito a festa no Gigantinho, o atacante ficou devendo em campo. Com exceção de alguns poucos momentos luminosos, não conseguiu corresponder ao investimento feito pelo clube. Agora, 794 dias depois da estreia com a camisa colorada — uma derrota para o Fluminense no Maracanã, diga-se — ele se despede do Inter rumo ao Pachuca, do México.

Há algumas semanas, os representantes do jogador foram avisados pela direção colorada de que não havia interesse em renovar o contrato, que valia até meados de 2026. Como Valencia, que na terça-feira, em Guayaquil, anotou, cobrando pênalti que ele mesmo sofreu, o gol da vitória por 1 a 0 do Equador sobre a Argentina, se prepara para disputar a sua terceira Copa do Mundo, seus agentes trataram de procurar um clube onde tivesse mais espaço. Encontraram o Pachuca, recém-desfalcado de Alexandre Alemão, também ex-colorado, que foi vendido ao Rayo Vallecano, da Espanha, à procura de um centroavante.

As negociações foram rápidas e não sofreram resistência no Beira-Rio. Ainda faltam as assinaturas, mas isso deve ocorrer nas próximas horas, já que a janela de transferências no México se encerra amanhã. Valencia voltará a Porto Alegre, mas não para vestir a camisa colorada novamente. Em 100 jogos pelo Inter, marcou 31 gols e conquistou apenas um título: o Campeonato Gaúcho deste ano. Pelo menos na final contra o Grêmio, no Beira-Rio, deixou um golaço de falta como lembrança.

Apesar do rendimento abaixo do esperado, não há qualquer ressalva quanto ao comportamento do equatoriano desde que chegou, no primeiro semestre de 2023. Nos pouco mais de dois anos em Porto Alegre, foi comprometido e uma liderança positiva no vestiário. Mesmo quando virou terceira opção no ataque — atrás de Ricardo Mathias e Borré — manteve a postura profissional, sem reclamar.

Aos 35 anos, Valencia seguirá no Pachuca sua carreira e lá se preparará para a sua terceira Copa do Mundo. Nas duas anteriores, 2014 e 2022, marcou seis gols. Uma marca que muitos atacantes de renome sonham em alcançar. E não conseguem.

Fonte: CP

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