Unido, Inter prepara dossiê para pedir à CBF reconhecimento do título de 2005

O sonho de ver o Inter reconhecido como campeão brasileiro de 2005 une diversos segmentos políticos. Atualmente, um grupo de colorados ilustres, liderados pelo presidente Alessandro Barcellos e pelo ex-presidente Fernando Carvalho, reúne documentos e provas para elaborar um dossiê que demonstre que a anulação das 11 partidas daquele Brasileirão, após o escândalo da Máfia do Apito, foi um equívoco. O objetivo é protocolar um pedido administrativo na CBF para que o título daquele ano seja dividido entre Inter e Corinthians.

O sentimento de injustiça ganhou força após o lançamento do documentário Máfia do Apito, produzido pela Feel The Match e veiculado pela SporTV no mês passado. Mesmo assim, não há mais possibilidade de recorrer à Justiça Desportiva ou Comum, o que faz com que a decisão dependa exclusivamente do presidente da CBF, Samir Xaud. A ideia é concluir o dossiê — que incluirá uma análise técnica de um perito em arbitragem sobre os dois jogos anulados do Corinthians — e entregá-lo à entidade em até três semanas.

O pleito colorado não é inédito. A CBF já reconheceu títulos de outros clubes, como o do Flamengo em 1987, e a Federação Paulista dividiu o Estadual de 1973 entre Santos e Portuguesa, após o erro do árbitro Armando Marques, que se confundiu na contagem das cobranças de pênaltis. Há também precedentes internacionais, como na Alemanha, onde uma investigação sobre manipulação de resultados levou à anulação de apenas dois jogos, e não de todos os apitados pelo juiz envolvido.

O CASO – O Brasileirão de 2005, cujo campeão oficial é o Corinthians, teve 11 partidas anuladas após uma reportagem da Revista Veja denunciar um esquema de manipulação de resultados envolvendo dois árbitros — entre eles, Edilson Pereira de Carvalho. Quando a matéria foi publicada, em setembro, o Inter liderava a competição. Em uma decisão polêmica e até hoje contestada pelos dirigentes colorados, especialmente por Fernando Carvalho, que presidia o clube à época, o então presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luiz Zveiter, anulou os jogos sem comprovação de manipulação e sem que uma comissão analisasse cada partida para detectar eventuais irregularidades.

A decisão de Zveiter foi anunciada num domingo pela manhã, em entrevista ao vivo, e provocou uma mudança drástica na tabela: o Inter caiu da liderança para o terceiro lugar. Além disso, teve que refazer o jogo contra o Coritiba, que já havia vencido. O Corinthians, por sua vez, também repetiu dois confrontos — havia perdido ambos, mas venceu um e empatou o outro, somando quatro pontos a mais.

No fim, o Corinthians terminou o campeonato com 81 pontos, contra 78 do Inter.

Fonte: CP

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