Mais de 1 milhão de pacientes aguardam por cirurgias eletivas pelo SUS

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Uma preocupação dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) é com a fila de espera para cirurgias eletivas. O ano de 2024 abriu com mais de 1,2 milhão pacientes nessa situação.

O Ministério da Saúde fez um acordo em março de 2023 com os 26 Estados e o Distrito Federal para criar a fila nacional de cirurgias eletivas. Até janeiro deste ano, o programa realizou quase 650 mil operações agendadas que não tinham urgência, quase um terço de catarata; 37 mil pessoas fizeram cirurgia para retirar a vesícula, um aumento de 19% na comparação com o período anterior.

A falta de médicos especializados nos hospitais públicos é mais crítica em alguns Estados por causa da má distribuição dos profissionais pelo País. Segundo a pasta, a maioria dos especialistas está concentrada no Sudeste do Brasil e há maior carência no Norte e no Nordeste.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que uma das prioridades do governo é dar uma rápida resposta ao que ela classifica de grandes vazios de especialistas no País, principalmente de anestesistas, cardiologistas e oncologistas.

“Isso é um dos gargalos e problemas quando pensamos na cirurgia. Nós temos um trabalho muito grande com o Ministério da Educação na área das residências médicas. Temos aumentado as residências e temos buscado um trabalho conjunto com algumas redes que são muito importantes, hoje, na relação com o Ministério da Saúde, a rede de hospitais universitários, para que eles também contribuam nesse processo de formação de especialistas”, ressalta.

Ana Maria Malik, pesquisadora do Centro de Estudos em Saúde da Fundação Getúlio Vargas, afirma que o Brasil pode usar a experiência com o programa de imunização para organizar um sistema nacional de informações sobre cirurgias.

“Se a gente conseguisse saber quem está na fila de que estado, de que serviço ou de que especialidade, isso ia ser mais fácil de a gente conseguir enxergar, né? Então isso tem a ver com transparência, tem a ver com as informações de que a gente dispõe e sistemas de informações em saúde, principalmente em um país como o nosso, é muito grande”, explica.

FONTE: O SUL.

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