Leptospirose: Centro Estadual de Vigilância em Saúde alerta para riscos

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Em virtude das fortes chuvas nos últimos dias no Rio Grande do Sul, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) publicou nesta sexta-feira (3) um comunicado sobre os riscos de transmissão de leptospirose e acidentes com animais peçonhentos em locais com enchentes.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. O contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra se imersa por longos períodos em água contaminada, além de mucosas.

O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias, sendo que normalmente ocorre entre sete e 14 dias após contato com as águas de enchente ou esgoto. Por esse motivo, o Cevs alerta que é importante a vigilância em saúde e a Atenção Básica dos municípios estarem atentas nos próximos dias quanto aos sintomas deste agravo.

Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios. A doença pode apresentar letalidade de até 40% nos casos mais graves.

O Cevs chama a atenção por meio do comunicado para aqueles municípios com alta transmissão de dengue e que foram atingidos pelas cheias para o diagnóstico diferencial entre esses agravos, já que muitos dos sintomas são similares.

Limpeza

Nos locais que tenham sido invadidos por água de chuva, recomenda-se fazer a desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio a 2,5%, presente na água sanitária (um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água).

Manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa sem restos de alimentos, retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer, manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais são ações que ajudam a evitar a presença de roedores. A luz solar também ajuda a matar a bactéria.

Tratamento

O tratamento (antibioticoterapia) está indicado em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Sempre com uma avaliação de um profissional de saúde, na fase precoce são utilizados Doxiciclina ou Amoxicilina. Para a fase tardia, Penicilina cristalina, Penicilina G cristalina, Ampicilina, Ceftriaxona ou Cefotaxima .

Fonte: O Sul

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