Ministério da Educação autoriza a flexibilização do calendário escolar gaúcho
Em mais um impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, o Ministério da Educação autorizou a flexibilização do calendário escolar gaúcho. As regras serão publicadas em resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) para orientar instituições públicas e particulares (incluindo as de ensino superior) quando as aulas forem retomadas –ainda não há previsão.
As atividades presenciais (e mesmo as remotas) permanecem suspensas desde a semana passada, quando o Estado decretou situação de calamidade pública em função das inundações, que causaram perdas humanas e materiais, além de uma série de transtornos que incluem a dificuldade ou mesmo impossibilidade de deslocamento de alunos e professores. Muitos deles, inclusive, perderam tudo.
Conforme as regras a serem adotadas pela pasta federal, as escolas poderão terminar de cumprir a carga horária mínima no próximo ano letivo. Para isso será adotada a modalidade de currículo ininterrupto de duas séries (ou anos escolares ininterruptos). Atividades também poderão ser realizadas em espaços alternativos.
O Ministério também autorizou as faculdades a prorrogarem por até dois anos o prazo de entrega de trabalhos de conclusão de curso. É o caso das monografias de graduação, teses de mestrado e dissertações de doutorado.
Por outro lado, não é recomendado – ao menos por enquanto – o estudo remoto. Motivo: muitos alunos e professores ainda estão sem luz e conexão à internet. A situação é diferente da que ocorreu em 2020, primeiro ano da pandemia de coronavírus: naquele momento, o risco direto de perda humana pela doença levou a diretrizes baseadas na interação virtual para compensar o necessário isolamento social.
FONTE: O SUL.