Grêmio: prejuízos das enchentes no Rio Grande do Sul
As enchentes no Rio Grande do Sul trouxeram vários prejuízos ao Grêmio. Entre eles, a situação da Arena, que segue embaixo d’água e ainda sem perspectiva sobre quando vai poder voltar a ser utilizada. Porém, pelo menos a manutenção do estádio não será um problema do clube. “O Grêmio não gasta nada com a Arena”, garante o vice-presidente do Conselho de Administração, Eduardo Magrisso.
Os gastos de manutenção do equipamento permanece a cargo da administradora. Toda a estrutura danificada por conta das enchentes será de responsabilidade da Arena. “A Arena será responsável pela reforma de todas as estruturas danificadas pela enchente. A análise precisa de custos e processos poderá ser feita somente após a água baixar”, se limitou a dizer a assessoria de imprensa.
Por conta da inundação na Arena, o Grêmio ainda não conseguiu dimensionar o prejuízo financeiro que terá, por exemplo, na sua loja oficial, a GrêmioMania. Na semana passada, o local foi invadido enquanto o estádio tricolor abrigava vítimas das enchentes em Porto Alegre. Foram levados computadores, televisores, dinheiro, cofre, camisas do clube e diversas mercadorias. O saque aconteceu mesmo com a presença de dez seguranças, que estavam ilhados no local.
Logo nos primeiros dias que a cheia do Guaíba atingiu os bairros Humaitá, Navegantes e Farrapos, nas imediações do estádio, a Arena chegou a receber cerca de 500 desabrigados. As pessoas só foram retiradas dias depois, quando a região ficou sem água e luz. Com isso, foram transferidas para lugares que tivessem melhor infraestrutura.
Em meio a esses danos, o Tricolor conseguiu manter o museu intacto. O Memorial Hermínio Bittencourt, que fica em uma parte mais elevada da Arena, foi preservado e segue guardando os troféus e camisas históricas do clube. “A princípio não houve algum dano. As áreas do museu não foram atingidas, e o acervo está bem guardado”, afirma Carlos Eduardo, coordenador do espaço e principal voz do clube desde os recentes problemas.
Dentro de campo, o Grêmio começa nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, em São Paulo, a sua retomada no futebol. Para se instalar na estrutura do Corinthians, o Tricolor precisou buscar equipamentos que estavam no CT Presidente Luiz Carvalho. Para a missão sobre as águas que tomaram conta da rua, vários funcionários do clube, como massagistas, roupeiros e seguranças contaram com a ajuda de profissionais da prefeitura e da EPTC. Eles tiveram que fazer carretos de barco na quarta-feira, antes de começarem a viagem para a capital. “A gente conseguiu pegar e levar. Isso é super importante para a gente ter o nosso equipamento”, revelou Magrisso.
Nesta quinta-feira, o clube atualizou a situação do time feminino. O Complexo Esportivo da Ulbra, em Canoas, onde treinam as Gurias Gremistas está servindo para 6 mil desabrigados, comprometendo a preparação até a retomada dos jogos. “Queremos garantir condições justas para voltar a competir. Não há como o grupo ficar alheio a tudo que está acontecendo em nosso Estado. Muitas atletas foram diretamente afetadas”, diz Marianita Nascimento, diretora do departamento.
Fonte: CP