Avançam os trabalhos de recuperação dos prédios do Judiciário gaúcho atingidos pelas enchentes

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Equipes coordenadas pelo Dinfra (Departamento de Infraestrutura) do TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) atuam para recuperar os prédios do Judiciário gaúcho atingidos pelas enchentes que assolaram o Estado.

Na sede do TJRS, em Porto Alegre, avanços são alcançados gradualmente diante dos estragos constatados durante inspeção realizada nesta semana. A água danificou equipamentos de áreas técnicas, inundou as partes inferiores e deixou espaços ainda intransitáveis, onde se acumula muita lama.

O trabalho de limpeza no prédio do TJRS acontece desde o início da semana passada, quando a água recuou e foi possível a instalação de geradores que fornecem energia para o serviço de drenagem dos subsolos.

Equipamentos e móveis danificados foram removidos para descarte. Os avanços na reconstrução incluem a recuperação das bombas próprias de drenagem e a lavagem com hidrojatos para remoção da lama e lodo de pisos e paredes.

O foco inicial, conforme o diretor do Dinfra, Giovani Lino, é o restabelecimento da energia elétrica, de modo a permitir recompor os demais sistemas imprescindíveis ao funcionamento e segurança do prédio. “Além da energia, a subestação já foi limpa na semana passada para iniciar esse processo de reativação de transformadores e geradores. Existe também uma etapa subsequente de recomposição das bombas, tanto dos sistemas de abastecimento de água potável como de incêndio”, explicou.

Só depois é que áreas poderão ser gradualmente liberadas. “Após isso, e acreditamos que em torno de 30 a 45 dias, nós vamos conseguir ter condições de dar segurança para acesso ao prédio”, disse Lino, que projeta a reabertura ao público externo para o final de julho.

“A proporção dos danos no prédio foi inconcebível. O nível que a água atingiu, a ponto de cobrir toda a área técnica do prédio, todas as subestações, transformadores. Isso é muito impactante”, declarou Lino.

O diretor garantiu que, no entanto, não há indícios de risco estrutural na sede do TJRS, situação que vem sendo monitorada: “Mesmo que a água tenha ficado tantos dias nos subsolos, não visualizamos, pelo tipo de estrutura que o prédio foi construído, qualquer impacto”.

Estacionamento ao lado do prédio do TJRS serve de depósito de móveis e outros equipamentos, a maioria para descarte. (Foto: Juliano Verardi/TJRS)

Alguns espaços no TJRS ainda estão intransitáveis, tomados pela água ou lama. (Foto: Juliano Verardi/TJRS)

Comarca da Capital e foros do interior

Em relação a outros prédios do Judiciário atingidos pelas enchentes, o Prédio II (Cível) do Foro Central da Comarca de Porto Alegre foi o primeiro a ter acesso. Conforme o Dinfra, limpeza e restabelecimento de água potável já foram concluídos e está em andamento a recuperação de três elevadores, o que deve permitir a liberação ao público interno a partir da próxima semana e, ao público externo, com alguma restrição, a partir do dia 17 deste mês.

No Foro I (Criminal), onde os equipamentos foram fortemente atingidos, a retomada definitiva da energia deve acontecer em 45 dias. Geradores garantem o serviço de plantão e júris devem ser liberados até o final de junho. Para o final de julho, é previsto o retorno do público nas demais unidades.

No Foro Regional do Sarandi, estão sendo recuperados elevadores e já houve o restabelecimento de energia e água potável. A reabertura ao público é esperada para o final da semana que vem. Apenas nesta semana foi possível o acesso aos prédios dos Arquivos Judiciais.

Em prédios com avarias significativas, como os foros de Estrela, Arroio do Meio e Eldorado do Sul, a limpeza está em andamento, e a retomada das atividades deve acontecer no final de julho, começo de agosto. Em Feliz, Igrejinha e São Sebastião do Caí, os serviços estão mais adiantados, e a abertura ao público externo será possível nas próximas semanas.

Fonte: O Sul

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