Ministro pedirá exoneração de diretor da Conab responsável por leilão de arroz

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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, vai pedir a exoneração do diretor executivo de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago José dos Santos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da pasta. A diretoria de Santos é a responsável pela operacionalização e pelo edital do leilão de compra pública de arroz importado anulado pelo governo federal após suspeitas de irregularidades.
A demissão de Santos será enviada por Teixeira ao Conselho de Administração (Consad) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Responsável pelas deliberações quanto à diretoria-executiva da empresa pública, o colegiado tende se reunir de maneira extraordinária para avaliar o caso.

O encaminhamento deve ser definido nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). A Pasta compartilha a gestão da Conab com o Ministério da Agricultura, sendo a área de operações e abastecimento de sua responsabilidade.

Afastamento do executivo foi aconselhado pela Casa Civil

Santos estava em licença remunerada até a última sexta-feira, 21. Seu afastamento era aconselhado pela Casa Civil e por órgãos de controle do governo e cobrado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Isso porque é ligado a um dos empresários que intermediaram o maior volume de lotes arrematados no leilão anulado, Robson Luiz de Almeida França, presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e sócio proprietário da Foco Corretora.

A Controladoria Geral da União (CGU) apura suspeitas de conflito de interesse, tráfico de influência e favorecimento no leilão. Como mostrou o Broadcast, a proximidade de Santos com França chegou até os órgãos de controle do Executivo. Além de terem atuado conjuntamente como assessores parlamentares do ex-deputado federal Neri Geller, Santos e França são próximos.

Até o dia 10 de junho, havia fotos dos ex-assessores juntos nas redes sociais. Também chegou à Advocacia Geral da União (AGU) e à CGU a informação de que, já no cargo de diretor, Santos recebeu França pelo menos duas vezes na sede da Conab no ano passado, o que aumentou a suspeita de tráfico de influência pelos órgãos.

Fonte: CP

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