Inadimplência no Rio Grande do Sul recua ao período pré-enchentes

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Em meio a notícias ruins causadas pelas enchentes de maio, a economia do Rio Grande do Sul recebe um alívio com o mais recente Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa.

Mesmo após a retomada das negativações, que estiveram suspensas em maio e junho por decisão dos birôs de crédito, o Estado registrou o menor volume de inadimplentes em relação aos quatro primeiros meses do ano. Atualmente, o território gaúcho registra 3.486.075 consumidores em situação de inadimplência – 3,6% a menos do total apontado há 60 dias. Eles representam 38,32 % da população gaúcha e juntos devem mais de R$ 19 bilhões.

Os bancos e cartões de crédito seguem como principal segmento das dívidas no Estado, representando 31,85 dos débitos – queda de 1,95 pontos percentuais em relação ao registrado em abril, mês que antecedeu as suspensões das negativações.

Enquanto nos demais Estados, os débitos com as contas básicas representam mais de 21% no bolo da inadimplência, no Rio Grande do Sul o atraso no pagamento de água, energia e gás, consideradas essenciais, têm uma parcela de apenas 11,56% no total do endividamento da população.

Despesas de agosto

Em outra frene, sem feriados nacionais e sob a pressão das contas acumuladas ao longo do ano, 33% dos brasileiros afirmam que sua renda não é suficiente para pagar todas as despesas do mês de agosto. O levantamento da Serasa, produzido em parceria com o Instituto Opinion Box, ouviu 2.446 pessoas e reforça a necessidade de cautela no orçamento para fazer o salário render até o dia 31.

A pesquisa mostra que somente 35% dos entrevistados confiam que conseguirão chegar ao final do mês com “alguma reserva de dinheiro”, sendo que 36% têm certeza de que o dia 31 de agosto os encontrará vulneráveis financeiramente. Entre os consumidores ouvidos, 22% consideram agosto o mês mais difícil sob o ponto de vista de finanças.

“Com a chegada do segundo semestre, muitas famílias começam a sentir o peso das despesas acumuladas, como parcelas de compras feitas no início do ano, rematrículas escolares e preparação para as despesas de fim de ano”, explica Aline Maciel, gerente da plataforma Limpa Nome da Serasa. “Além disso, a ausência de feriados pode contribuir para o sentimento de ‘eternidade’ do mês, aumentando a percepção de que o salário não é suficiente para cobrir todos os custos e demonstrando a necessidade de redobrar a cautela com a organização das finanças”.

Fonte: O Sul

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