Alberto Guerra pode ter de tomar decisão igual a de seus três antecessores
“O Grêmio tem mais quatro jogos. Estou garantindo que não vai cair. Bom, depois, nós temos um presidente, um vice de futebol e um executivo. Eu sento com eles e a gente resolve isso (permanência ou saída) em três minutos”. Ao seu estilo, Renato Portalupppi antecipou na última quarta-feira uma conversa que fatalmente irá ocorrer nas próximas semanas assim que findar a participação do Grêmio no Campeonato Brasileiro.
Dada a ótima relação do técnico com a diretoria é bem provável que seja assim mesmo, vapt-vupt. Caso a decisão seja pela não continuidade do trabalho, o presidende Alberto Guerra passará a viver um dilema comum aos seus três antecessores. Qual seja, escolher um nome para o lugar do maior ídolo da história do clube. Houve três oprtunidades em que esse cenário ocorreu.
A primeira vez foi com Paulo Odone. Ele e Renato nunca se deram muito bem, mas em 2011 o dirigente retomou a carreira presidencial praticamente obrigando-se a renovar com o treinador que colocara o Grêmio na Libertadores depois de assumir o time no ano anterior na zona do rebaixamento. Os resultados não seguiram e logo após a metade do ano houve a troca. O nome escolhido foi o de Julinho Camargo, então auxiliar de Falcão no Inter. Ele não durou um mês no cargo.
A segunda passagem de Renato começou no meio da temporada 2013 sob a condução de Fábio Koff, que o conhecia da época de intrépido jogador. De novo o treinador colocou o Grêmio na Libertadores com o vice-campeonato do Brasileirão. Questões financeiras da época, porém, inviabilizaram a sequência da parceria. Koff apostou em Enderson Moreira, destaque no Goiás, para começar 2014. Logo após o 7 a 1 da Alemanha no Brasil, Felipão foi chamado para o seu lugar.
Por fim, a terceira vez em que Renato precisou ser substituído foi em abril de 2021. Em plena pandemia, inclusive com ele afastado por Covid-19, a mais vitoriosa passagem chegava ao fim com um ambiente político construído para a sua saída. Romildo Bolzan Júnior escolheu Tiago Nunes para a vaga. Ele chegou a ser campeão gaúcho, mas ficou somente quatro meses e saiu dando entrevistas deixando claro que não tinha entendido quem havia sucedido.
O Brasileirão termina no dia 8 de dezembro, portanto daqui exatos 14 dias, prazo em que o torcedor do Grêmio lidará com a questão em pauta há bastante tempo: Renato fica ou sai. O fato é que saindo, caberá ao presidente e seus pares escolherem um substituto. No entanto, o nome de quem sai pesará nos ombros de quem chega. A história mostra isso.
Fonte: CP