Deputados do Partido Republicanos rejeitam se juntar ao Progressistas e ao União Brasil

A bancada do Republicanos na Câmara dos Deputados rejeitou a proposta de federação com o PP e o União Brasil, que estava sendo discutida durante uma reunião com o presidente da Casa, Hugo Motta (PB), e o presidente da legenda, Marcos Pereira (SP). Entre os 40 deputados presentes à reunião, 39 votaram contra a formação da federação, segundo informações dos parlamentares.

Um dos principais fatores para a rejeição foi a disputa entre caciques locais, especialmente em estados como Pernambuco. No estado, lideranças fortes do Republicanos, União Brasil e PP, como Augusto Coutinho (Republicanos), Mauro Mendonça Filho (União Brasil) e Eduardo da Fonte (PP), estariam em desacordo sobre quem assumiria a liderança da possível federação nas eleições. A competição entre essas figuras políticas criaria um clima de tensão, dificultando o acordo sobre quem teria domínio sobre a aliança.

Apesar disso, os líderes do PP e do União Brasil ainda mantêm a esperança de convencer os deputados do Republicanos a repensarem sua posição. O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o secretário-geral da sigla, ACM Neto, são defensores da formação dessa federação, que teria potencial para se tornar a maior força do Congresso, com um total de 153 deputados e 17 senadores. No entanto, mesmo dentro de seus próprios partidos, também existem resistências, principalmente entre os líderes estaduais, que veem dificuldades em acomodar os diferentes interesses locais nas federações.

Esses líderes estaduais argumentam que, como os três partidos são grandes e de tamanhos semelhantes, seria complicado decidir quem comandaria a federação em estados-chave, como Rio de Janeiro e São Paulo. A disputa pelo poder local é vista como um obstáculo significativo para a formação de uma federação estável e eficiente.

A federação partidária é uma forma de união entre dois ou mais partidos políticos que se juntam para atuar como uma única legenda por, no mínimo, quatro anos. Esse modelo foi criado em 2021, como parte de uma reforma eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional. As federações podem disputar eleições de forma unificada, mas têm restrições, como a impossibilidade de formar coligações para as eleições proporcionais. Porém, têm liberdade para se coligar em eleições majoritárias.

As federações foram introduzidas com a intenção de fortalecer a atuação política de partidos menores e permitir maior união entre grupos com ideologias semelhantes. No entanto, sua aplicação tem gerado discussões sobre as dificuldades de adaptação e as possíveis disputas internas entre os partidos envolvidos.

Fonte: O Sul

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