Inter mantém as convicções para o Gre-Nal de sábado na Arena

Preservar é um verbo geralmente rejeitado pelos treinadores. Eventuais escolhas, pelo menos publicamente, podem soar arrogantes perante os adversários. No entanto, uma sequência de jogos impõe essa condição. Isso sem falar em outros fatores que sustentam determinadas ações e são da intimidade do vestiário.
O clássico deste sábado é o segundo de uma série de cinco partidas seguidas que o Inter fará em Porto Alegre por três diferentes competições. Na terça-feira, o Nacional do Uruguai vem ao Beira-Rio pela Libertadores. Ou seja, Roger Machado viverá dias de decisões importantes dentro e fora de campo.
Se Wesley ficou de fora na quarta-feira contra o Palmeiras para que o desconforto muscular não virasse lesão, a volta dele ao ataque do Inter no Gre-Nal representa a manutenção do lado esquerdo mais agressivo junto com Bernabei. Sem ele, Valencia fica menos sobrecarregado de responsabilidades no setor. Somente se não contar com Wesley o treinador alteraria um pouco a maneira de jogar.
Pois como não conta também com Carbonero, Bruno Tabata sairia jogando e Vitinho trocaria de lado. O meia que voltou contra o Palmeiras não tem a mesma característica dos beiradas, embora jogue pelo lado direito. De resto, a estrutura do time do Inter é conhecida, ao contrário do que ele deverá encontrar.
“A gente não sabe como o adversário pode vir. Com a saída do treinador, imagino que as ideias que estavam sendo aplicadas não devam permanecer”, disse Roger que tomou conhecimento da demissão de Gustavo Quinteros durante a entrevista coletiva após a derrota para o Palmeiras.
Provocado a se estender no assunto, mostrou a serenidade de sempre: “O envolvimento externo do clássico, em função do contexto, não deve mexer nas nossas aspirações para o jogo. Mas a gente sabe que esse contexto de fora busca influenciar dentro.”
Fonte: CP