23 pessoas são denunciadas por desvio de recursos do IPE Saúde para tratamentos de home care em Passo Fundo

Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco/MPRS) denunciou nesta terça-feira, 23 pessoas de Passo Fundo por fraude e desvio de recursos do Estado e do IPE Saúde para tratamentos de home care. O promotor de Justiça Diego Pessi, que ofereceu a denúncia ao Poder Judiciário, foi quem coordenou a Operação Gollum, no dia 4 de dezembro de 2024, em parceria com o promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes, para investigar as irregularidades.

Segundo ele, os denunciados estão divididos em quatro núcleos: familiares das pessoas que necessitam de home care, prestadores de serviços, advogados e colaboradores. Eles respondem por organização criminosa, estelionato qualificado e falsidade ideológica. O esquema foi desarticulado quando a operação foi deflagrada. Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em empresas, escritórios de advocacia e residências na região.

“O oferecimento da denúncia constitui mais uma etapa da ação do Gaeco visando à repressão das fraudes nos serviços de home care e à restituição ao erário dos valores desviados. Destaco, nesse ponto, o trabalho incansável dos policiais e servidores vinculados ao Gaeco e ao NIMP, que tornaram possível essa atuação rápida e eficaz”, disse Diego Pessi.

O Gaeco, desde dezembro de 2024, já realizou duas operações referentes a desvio envolvendo tratamentos médicos domiciliares. A outra ação foi no mês passado, com base nas Missões: operação Home Cash. Ao todo, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão nas ações contra desvio de dinheiro contra fraudes envolvendo home care, além de dez veículos apreendidos, bloqueio de mais de R$ 35 milhões e sequestro de 29 imóveis.

Investigação da Operação Gollum

A investigação teve início após a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) identificar ordens judiciais fraudulentas, totalizando R$ 35 milhões, destinadas a serviços de “home care”. Esse tratamento envolve a disponibilização de uma estrutura completa na residência do paciente, incluindo atendimento multidisciplinar, equipamentos, medicação e alimentação especial.

Foram identificados proprietários de duas empresas de “home care” suspeitas, além de seis pais ou responsáveis por crianças e adolescentes que necessitavam desse tipo de atendimento. Eles contavam com o auxílio de um escritório de advocacia para garantir que a Justiça determinasse o repasse dos valores pelo Estado, além de prestar contas de forma fraudulenta.

Fonte: CP

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