Na Famurs, prefeito Big defende produtores rurais e cobra ação para evitar crise no agronegócio

O prefeito de Tapejara e atual presidente da Associação dos Municípios do Nordeste Riograndense (Amunor), Evanir Wolff (Big), esteve em Porto Alegre nesta segunda-feira (16), onde participou de uma mobilização promovida pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Ele esteve acompanhado do secretário de Desenvolvimento Rural, Agricultura e Meio Ambiente, Eduardo Bortoloto (Tilico).
O encontro reuniu prefeitos de diversas regiões do estado, parlamentares e representantes de entidades do setor agrícola para tratar da securitização das dívidas do agronegócio. O objetivo da mobilização foi articular medidas emergenciais e estruturais para enfrentar o crescente endividamento que afeta produtores rurais gaúchos, agravado pelos sucessivos eventos climáticos extremos dos últimos anos.
Durante a reunião, os participantes elaboraram dois documentos, entre eles uma carta destinada ao Governo Federal. O texto propõe o alongamento dos débitos dos produtores rurais por um período de 20 a 25 anos, com taxa de juros limitada a 3%. Também sugere a criação de um fundo garantidor para operações de crédito rural, novas linhas de financiamento com juros subsidiados, investimentos em infraestrutura de armazenamento e irrigação, além de medidas para facilitar a importação de insumos.
Conforme levantamento técnico da Famurs, entre 2020 e 2025 foram homologados 2.895 decretos municipais de situação de emergência ou calamidade pública, com prejuízos estimados em R$ 92,6 bilhões no estado. Somente em 2024, os danos causados pelas enchentes foram calculados em R$ 12,2 bilhões, sendo R$ 4,1 bilhões diretamente relacionados à agricultura.
Durante sua manifestação no ato, o prefeito Evanir Wolff (Big) destacou a importância da união dos municípios. “Estamos na Famurs, os prefeitos representando a Amunor, em um trabalho de sensibilização junto aos deputados estaduais, federais e senadores, para que todo o Sul esteja mobilizado pela securitização. Precisamos salvar o agronegócio. O Brasil vai sofrer, porque é no Sul que se produz alimento, e é aqui que estamos enfrentando grandes dificuldades”, afirmou.
Wolff também reiterou o compromisso da Amunor com os agricultores da região. “Estamos ao lado do nosso setor agropecuário e de todos os agricultores na luta pela securitização. Sabemos que, em breve, a presidente da Famurs, Adriane Perin de Oliveira, deverá convocar os prefeitos e, possivelmente, os produtores para uma mobilização em Brasília. Estaremos lá, representando os municípios da Amunor e defendendo essa classe que sofre e garante o alimento na mesa todos os dias”, concluiu.