Mais uma semana de tensão e pressão na política nacional

A semana em Brasília começa marcada por pressão e tensão geradas pelos movimentos de parlamentares da oposição, que irão insistir no avanço de pautas como a da anistia e do fim do foro privilegiado.

Os dois temas estavam no centro das ocupações que deflagraram crise sem precedentes e atrasaram, em mais de dois dias, na última semana, a retomada dos trabalhos legislativos após o recesso parlamentar.

Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que saiu desgastado e teve a autoridade colocada em xeque com o episódio, sustenta que a pauta de votações em plenário será definida pelo colégio de líderes e não está atrelada a nenhum acordo realizado para dar fim à ocupação protagonizada pela oposição.

O clima promete ser ainda mais tensionado em função da decisão de sexta-feira, da mesa diretora, de encaminhar uma lista com nomes de parlamentares que devem passar por processo interno que pode levar à suspensão dos mandatos pela atuação no caso.

No sábado, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, defendeu em nota os parlamentares do partido e sustentou que a ocupação foi “pacífica e legítima”.

A contaminação do contexto pela forte polarização, aliada à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pelas sucessivas manifestações de autoridades americanas, que atingem diretamente a soberania do Brasil, além da economia, com o tarifaço determinado por Donald Trump, são outros elementos que ampliam o desafio do Planalto e dos comandos do Congresso, de negociar e garantir o avanço de pautas de interesse do país.

Fonte: O Sul

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