Lula elogia o ministro da Fazenda e diz que o mercado vê que o País “deixou de brincar”, após críticas ao déficit zero

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Após falas onde desacreditava a meta fiscal zero, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em sua avaliação, com o desempenho de Haddad à frente da pasta, o mercado está entendendo que o governo “deixou de brincar”.

“A seriedade que o companheiro Haddad deu no Ministério da Fazenda faz com que a gente vá conquistando credibilidade interna, externa e o mercado vai percebendo que esse país deixou de brincar”, disse o petista em transmissão semanal ao vivo nas redes sociais nesta terça-feira (21).

A fala de Lula, no programa “Conversa com o Presidente”, que contou com a presença de Haddad e a apresentação do jornalista Marcos Uchôa, acontece dias após o presidente ter dito não acreditar na meta fiscal zero, defendida pelo ministro. Após desavenças no governo em relação ao tema, na última semana, Lula descartou a possibilidade de alterar neste momento a meta de zerar o déficit das contas públicas em 2024, como prevê o arcabouço fiscal.

O presidente afirmou que as políticas que foram implementadas neste ano, após a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, “vão florescer muito forte no começo de 2024″.

“Estou muito tranquilo, feliz, animado, acho que o Brasil, do ponto de vista da política interna voltou, do ponto de vista da economia, está voltando.” Lula voltou a falar que fará uma reunião no final do ano de avaliação do governo.

Na visão do presidente, se o programa Desenrola Brasil, de refinanciamento de dívidas de pessoas físicas, der certo, “resolvemos um problema crucial da sociedade”. “Vamos indicar a equipe ao prêmio Nobel da Economia”, brincou.

Sobre o Desenrola, Fernando Haddad afirmou na transmissão que o governo federal estava preocupado com o “ineditismo” do programa. Conforme o ministro, até o momento, 7 milhões de brasileiros conseguiram quitar as dívidas a partir do programa.

“Todos nós estamos muito preocupados com o ineditismo, nunca tinha sido tentado nada parecido”, declarou o ministro, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Foi uma ousadia do presidente Lula ter colocado no programa de governo e não se tinha tecnologia, ela foi desenvolvida ao longo do primeiro semestre.”

Haddad reforçou que o desconto médio no Desenrola é de 83% e pode chegar a 99% em alguns casos. Segundo ele, do total de dívidas de R$ 100, foram R$ 10 milhões canceladas. “Tudo somado, 7 milhões de brasileiros”, calculou. “O potencial do programa, teoricamente, podemos chegar a R$ 30 bilhões.”

“A grande vantagem é que quando aceita pagar dívida, o nome fica limpo”, comentou o ministro. Em relação à nova fase do programa, Haddad afirmou que, pela dívida ser maior e desconto grande, o valor descontado em reais será muito maior.

Lula afirmou que o governo quer que os bancos permitam que os brasileiros tenham nas agências “um amigo para desenrolar a vida dele”. Segundo o chefe do Executivo, além da preocupação com as pessoas, o Desenrola também pensa no desenvolvimento da economia. “Quando todos começam a comprar, as coisas começam a melhorar.”

Fonte: O Sul

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